Cansados com o descaso dos Governos Federal e Estadual, grupo decidiu fazer o trabalho sozinho.

Sabendo da real situação da BR 285, conhecida também como Rodovia Abel Dal Pont ou para muitos a Serra da Rocinha, moradores, empresários e Prefeitura decidiram se unir para recuperar os 7 km que ligam o perímetro urbano de Timbé do Sul ao Pé da Serra.

Isso porque o prefeito de Timbé do Sul, Eclair Alves Coelho realizou inúmeras tentativas de contato com a Secretaria de Desenvolvimento Regional, Governo do Estado e Governo Federal. Todas inúteis.

Conhecendo este impasse, o prefeito seguiu a Florianópolis por dois dias para trazer soluções como a reunião com o Secretário do Estado de Infraestrutura, João Carlos Ecker. “Ele somente me convidou para ir a Brasília em uma reunião com o Ministro do Planejamento para liberar R$ 10 milhões. Respeito ele, mas não acredito que liberem isso porque fui várias vezes e nunca tivemos nenhum resultado. O Governo Federal joga a responsabilidade para o Governo Estadual e vice-versa. Já a SDR não apresenta decisão nenhuma porque nem eles conseguem falar com o Deinfra”, contou o prefeito.

Segundo Eclair, cada vez mais surge a sensação de descaso com quem precisa da rodovia. “Temos um Fórum Parlamentar de 16 Deputados e 3 Senadores e eles não brigam pela Serra da Rocinha. O único que tem nos dado atenção frente a isso é o Deputado Federal Edinho Bez, mas ainda sem nenhum resultado concreto. Eles poderiam lembrar que o Extremo Sul existe”, frisou.

Na sexta-feira, 16, o prefeito foi procurado pelos empresários do setor madeireiro sugerindo a manutenção. Na segunda-feira, 19, uma reunião com os moradores definiu a parceria. “Após ver a dificuldade da SDR, a falta de atenção do Governo Federal e Estadual assumimos, juntamente com os vereadores, a manutenção com a máquina, patrola e trator. Os empresários e moradores dão o cascalho e drenos”, contou Eclair.

Contudo, esta medida é provisória. Isso porque o município necessita dar manutenção aos mais de 600 km de estrada de chão. “Temos vários problemas nas nossas estradas, mas tínhamos que fazer algo porque as lideranças federais e do estado sumiram. Esta é a ajuda que podemos dar. Choveu 38 dias nos últimos dois meses. Quando parar de chover daremos atenção para as estradas municipais”, contou.

Enquanto isso, os moradores e pessoas que necessitam da via para passagem ainda aguardam, esperançosas, a obra que se tornou mais um sonho. “Situações como esta nos deixa chateados porque nos sentimos enganados, abandonados e esquecidos por quem deveria, realmente assumir esta obra”, destacou Eclair.

A Serra da Rocinha já está aberta para passagem de veículos.

 

Francine Ferreira – Giorgia Daniel