Familiares também apoiaram mobilização no Parque das Nações.
Nesta segunda-feira, 1º de maio, feriado de Dia do Trabalhador, familiares e mineiros demitidos da Carbonífera Criciúma realizaram uma mobilização no Parque das Nações, com forma de protesto pelo não pagamento de seus direitos trabalhistas. Os profissionais atuavam na Mina Verdinho, em Forquilhinha, fechada no fim de 2015.
O presidente do Sindicato dos Mineiros de Forquilhinha, Fernando Nunes, afirma que a situação se arrasta há dois anos sem nenhum mineiro ter recebido seus respectivos direitos. “O problema maior é que não somos só nós os afetados. Todas as nossas famílias passam por dificuldades junto conosco”, completa.
Em 2016, a Carbonífera Criciúma entrou com um pedido de recuperação judicial, que não foi aceito pela justiça. Em seguida foram realizados leilões de dois terrenos, tendo sido arrecadado, então, aproximadamente R$ 3 milhões, valor que seria utilizado para contribuir com o pagamento dos direitos trabalhistas desses mineiros.
“Só que depois os leilões foram embargados, porque os advogados dos donos da carbonífera entraram com um novo recurso em Florianópolis. Com isso, seguimos todos sem receber nenhuma quantia, desde quando fomos demitidos”, finaliza o presidente.
São em torno de 700 mineiros que, até hoje, aguardam para receber seus direitos trabalhistas após serem demitidos da Carbonífera Criciúma.
Francine Ferreira
