Os mineiros da Carbonífera Criciúma esperam nesta quinta-feira, 26, finalmente, uma sentença da justiça do trabalho que lhes favoreça. O juiz da 4ª Vara do Trabalho, Erno Blume, recebeu uma comitiva de trabalhadores, na tarde desta quarta-feira, 25, e prometeu proferir sentença em ação do Ministério Público do Trabalho que torna as demais carboníferas da cidade como “solidárias” com a “Criciúma”.
Até lá, os mineiros fazem “vigília” no Fórum Trabalhista e para o mesmo local transferiram o ponto de arrecadação de alimentos para minimizar os problemas das 700 famílias atingidas.
“Está documentado que todas as carboníferas que vendem carvão para a Tractebel, por força de contrato, são solidárias e são responsáveis conjuntamente pelos trabalhadores do setor”, informa o presidente do Sindicato dos Mineiros de Forquilhinha, Fernando Nunes. Além disso, segundo ele, a “solidariedade” entre as empresas se estende á cota da Carbonífera Criciúma, que continua sendo cumprida com carvão do Rio Grande do Sul, fato comprovado na terça-feira, 24, quando mais de 60 carretas carregadas foram barradas na passagem por Criciúma, a caminho da caixa de embarque em Siderópolis.
“Se eles são solidários na cota da Carbonífera Criciúma, que sejam solidários também pelas dividas da empresa”, resume Nunes. O dirigente sindical, além disso, ressalta que assessoria jurídica do sindicato se deslocou a Porto Alegre para, no Tribunal de Justiça daquele Estado, verificar o andamento da ação que requer a recuperação judicial da Carbonífera Criciúma, mas que foi rejeitada em primeira instância, no município de Butiá, já que todos os credores são da região de Criciúma.