A proposta não contemplou a maioria dos metalúrgicos, porém eles decidiram encerrar a greve e aceitar o rejauste de 7.5% geral, sendo 1,22% de aumento real oferecida pelos empresários anterior ao início da paralisação em assembleia na noite de hoje em Criciúma.
O movimento iniciou na última quarta-feira, 11, com adesão de cerca de 80% dos trabalhadores em cinco empresas da região, mas foi perdendo força ao longo da semana. “Eles sentiram a pressão dos patrões e ficaram com medo em função de algumas demissões que ocorreram no setor neste início de ano.
Tivemos outros conflitos como uma armação para me prender e dois interditos na Usipe e Milano coagindo o protesto e o direito de luta da categoria” pondera o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Criciúma e Região (Sinmetal), Francisco Pedro dos Santos. Ainda assim ele entende que a categoria é forte e precisa manter a união nas próximas negociações.
Além do aumento nos salários, os trabalhadores tiveram 7.5% de aumento no abono e os dias parados serão abonados em 50% pelas empresas e o restante descontado em férias ou horas de acordo com cada metalúrgica. A diferença do índice retroativo a janeiro e fevereiro será repassada na folha de março paga em abril.
Os trabalhadores reivindicavam 12,22% sendo 6,22% de inflação e 6% de aumento real. O protesto concentrou cerca de 1.2 mil trabalhadores. O piso atual da categoria é R$ 1.125,90 e a data-base 1º de janeiro. São cerca de sete mil metalúrgicos na Região distribuídos principalmente nas cidades de Criciúma, Içara Sangão, Forquilhinha, Morro da Fumaça e Urussanga.