FORQUILHINHA Previsão do Tempo
Colunistas

O mérito de defender a própria área

eduardo madeira

Entre a empolgação e os pés no chão, o Criciúma embala na Série B do Campeonato Brasileiro. Já são quatro jogos invicto, sendo três vitórias seguidas. O número mágico, 45 pontos, está a só dez de distância.

Mas qual o segredo dessa evolução do time treinado por Mazola Júnior? Primeiro é preciso contextualizar o campeonato – o futebol brasileiro em si – que é composto basicamente por times que emendam altos e baixos com rápidas frequências. Logo, uma arrancada dessas, por mais positiva que seja, não é razão para grande empolgação, porque seguindo a lógica natural das coisas, uma sequência negativa pode vir a qualquer momento.

Dentro de campo, entretanto, há como explicar a melhora dos resultados. Como já destaquei neste mesmo espaço, passa pela troca do 4-3-1-2 pelo 4-2-3-1, que deixou o time mais robusto e dinâmico, com atletas preenchendo mais partes do campo. Mas, acima de tudo, passa pelo mérito de defender a própria área.

Credisol
Maderonchi
Contape
Dengo Produtos de Limpeza
Net Lider
Coopera

Há quem diga que o Criciúma teve sorte em vencer Juventude, Fortaleza e Avaí. Dizem que o time foi sufocado e somente soube aproveitar as chances que teve. Será?

É preciso, acima de tudo, respeitar os modelos de jogo e entender como eles são aplicados nas partidas. Mazola opta por uma defesa com linha baixa e com um ataque direto, apostando em lançamentos longos para Vitor Feijão disputar em velocidade ou então para Zé Carlos ganhar no pivô e segurar a bola para a aproximação dos demais atacantes. São as armas que ele encontrou e tem sido úteis.

E dessa filosofia, o Criciúma tem conseguido defender a própria área. Para efeito de comparação, no empate contra o Atlético Goianiense (1 a 1) e na derrota para a Ponte Preta (3 a 1) o time cedeu oito e sete finalizações de dentro da grande área, respectivamente – segundo o site Foot Stats. Era uma clara sinalização de uma defesa exposta aos ataques adversários.

A partir da mudança para o 4-2-3-1, com dois volantes mais posicionados e a presença de dois extremos recompondo, o cenário mudou. O Criciúma até finalizou menos que seus adversários, mas os oponentes precisavam ter mais pontaria, porque não conseguiram chutar de dentro da área. Confira:

  • Criciúma 0x0 Guarani: o time paulista finalizou 14 vezes contra 13 do Tigre. Somente quatro chutes foram de dentro da área;
  • Juventude 0x1 Criciúma: os gaúchos deram nove arremates contra sete. Cinco foram de dentro da área, sendo quatro para fora e um bloqueado;
  • Criciúma 2×0 Fortaleza: o líder da Série B chutou 15 vezes e viu o Tigre dar apenas quatro finalizações. Dos 15 arremates, porém, quatro foram da grande área;
  • Criciúma 3×2 Avaí: o Leão da Ilha foi o que mais finalizou, 17 vezes contra oito, mas apenas três chutes foram de dentro da área;

É um recado bem claro: o Tigre até dá a bola ao rival e dá liberdade para atacar, mas é preciso muito esforço para ter tranquilidade para finalizar perto do gol. Essa é a maneira que Mazola Júnior encontrou para o Criciúma jogar e vem dando certo. Não é o jeito mais vistoso, tampouco enche os olhos, mas é o suficiente para sobreviver em uma Série B tão carente de bom futebol.


Marka final pauta
Dengo Produtos de Limpeza
Coopera Rodapé 04

Portal Forquilhinha Notícias. Acompanhe os fatos mais importantes de Forquilhinha em Santa Catarina assim que eles acontecem.

Copyright © 2016 Forquilhinha Notícias.

Topo