Com juros dos empréstimos mais baixos e menor rendimento da poupança, momento é favorável para investimentos.
Apesar da montanha-russa que 2020 representou para os diversos setores da economia – e com o ramo imobiliário encerrando o ano em alta – as taxas e juros baixos incentivam, mais uma vez, os financiamentos. Desde agosto de 2020, a Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a taxa básica de juros na economia, está a 2% ao ano, o que representa seu menor patamar já registrado na história.
O sistema foi criado como uma ferramenta de controle da inflação, além de ser uma das formas que o governo tem para arrecadar dinheiro, por meio da venda de títulos do Tesouro Nacional. Os bancos compram esses títulos e, assim, ganham o direito de receber o valor de volta em determinada data, mas com o acréscimo dos juros.
Criada em 1979, a taxa é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em reuniões que ocorrem a cada 45 dias e tem como base as expectativas do governo em relação à economia. A Selic em queda impacta no aumento da inflação e menor rendimento da poupança, mas inventiva a aquisição de imóveis, por exemplo, já que os juros dos empréstimos diminuem.
“Com as taxas de juros baixas e os bancos facilitando cada vez mais o financiamento, além do próprio cliente não podendo colocar o dinheiro com outros investimentos por conta da pandemia, acaba gastando em investimento imobiliário”, enfatiza o diretor de Operações da incorporadora JS Empreendimentos, Leucimar Ceron.
Taxas e juros baixos, momento para investir
Em 2016 por exemplo, a Selic estava em 14,25% ao ano. No início de 2020 estava em 4,5% e em agosto chegou a 2%, número que foi mantido e confirmado em 20 de janeiro, data da última reunião do Copom. “Em outros períodos, como em 2012 era fácil pegar financiamento, na época com taxas maiores (aproximadamente 8,5%), mas facilitavam na hora da comprovação de renda e documentação. Hoje, a história inverteu. A documentação é muito mais cobrada, mas as taxas de juros estão mais baixas”, explica Ceron.
A JS Empreendimentos observou a melhora no cenário a partir de agosto, no mesmo período da queda histórica da Selic, quando a modalidade de compra por financiamento cresceu 40% em um mês. Neste cenário, nos últimos meses de 2020, a incorporadora também percebeu o aumento de 30% na procura por loteamentos e condomínios.
Para o diretor, se a taxa se manter em baixa e os financiamentos bancários facilitados, a tendência para os próximos três anos é que o mercado imobiliário continue a crescer. A pandemia fez com que as pessoas valorizassem mais o lugar onde moram e, se o espaço não corresponde às necessidades, surge o desejo de compra de um novo imóvel.
Facilidade nos financiamentos
A taxa Selic influencia desde os juros pagos no cartão de crédito às taxas dos financiamentos imobiliários. Por isso, quando o cliente tem bom relacionamento com as instituições financeiras e está com a documentação em mãos, o processo para realizar o sonho da casa própria torna-se mais fácil.
Além das opções de linhas de crédito diretamente com o banco, ou pelo programa Minha Casa, Minha Vida, o cliente pode escolher o financiamento direto com a JS. “Se a pessoa adquirir um dos nossos terrenos e optar pelo financiamento conosco, poderá começar a construir logo após o pagamento da primeira parcela”, ressalta Ceron.