O livro O Maravilhoso Bistrô Francês começa com uma mulher, Marianne Messmann, tentando dar fim a sua vida, mas um pescador a salva e com isso ela tem uma nova chance de recomeçar. Escrito por Nina George, este é um romance previsível, mas encantador, que mostra o poder das oportunidades de recomeços e que o amor não tem idade. A autora também valoriza a amizade, mostra a importância de respeitar o tempo de cada um e ainda destaca a autoestima.
A protagonista Marianne, então com 60 anos e casada há 41, não tem mais forças para continuar vivendo aquela vida infeliz. Um casamento sem amor, sem carinho, uma vida sem filhos e sem objetivos deixou-a sem perspectiva que a fez desistir de tudo. Depois de seu salvamento e no hospital, Marianne encontra por acaso um azulejo pintado escrito Kerdruc, foi uma das paisagens mais lindas que já viu na vida, então sem pensar foge do hospital e vai em busca desta praia, só mais um passo antes de terminar com seu sofrimento.
Coincidências e aventuras levam Marianne até Kerdruc, uma praia, cidade portuária, no fim da França, e como ela é alemã, praticamente não entende a língua falada pelos moradores locais, então quando percebe já tem um emprego e um quarto só seu, mas a decisão de tirar a própria vida ainda a persegue e ela vai vivendo um dia após o outro, aproveitando o momento, o agora. É ali, em meio a desconhecidos, que a protagonista descobre uma nova versão de si mesma e a esperança retorna.
Nesta praia pequena, Marianne faz amigos, conhece sua força, recupera a autoestima, resgata sonhos de sua juventude, se apaixona e se torna uma mulher completamente diferente da que chegou até ali. Só que o destino não vai deixa-la ser feliz assim facilmente, pois ela enfrenta conflitos interiores, onde as marcas dos 41 anos de infelicidade e submissão não a abandonam tão rapidamente.
Outro diferencial do livro são os personagens maduros, a maioria na terceira idade, preenchendo o enredo com histórias de vida que enriqueceram a trama. Cada personagem tem seus medos e anseios como o pescador Simon, o pintor Yann, Geneviève, Jeanremy, entre outros, que já aprenderam que a vida pode surpreender se estiverem abertos ao novo.