Por unanimidade, o time do Maracajá foi condenado pela Comissão Disciplinar da Liga Atlética da Região Mineira e eliminado da Segunda Divisão do Campeonato Regional por conta de uma escalação irregular. Com isso, o time perde o título de campeão, que deverá ser repassado ao segundo colocado, a equipe do Ouro Negro, de Forquilhinha.
A Comissão Disciplinar ainda puniu os atletas Maurício e Jhonatan com um jogo de suspensão cada. “Os três auditores decidiram por condenar o Maracajá, pois foram apresentadas provas bem robustas e consistentes quanto às denúncias elencadas”, argumenta o procurador da Comissão Disciplinar da LARM, Ewaldo Egan Zechner.
A equipe do Ouro Negro, que ficou em segundo lugar no campeonato e, consequentemente, perdeu a vaga no divisão principal, foi à Comissão Disciplinar da LARM pedindo a revisão do resultado, alegando a escalação irregular de um jogador do Maracajá.
Tratava-se do meia-atacante Maurício, que falsificou a sua assinatura no primeiro jogo da final, quando o resultado foi de 2 a 1 para o Maracajá. Na oportunidade o atleta já possuía dois cartões amarelos e recebeu mais um, o que o suspenderia da segunda partida.
No entanto, ele entrou em campo no jogo de volta e, na denúncia, o Ouro Negro afirmou que o jogador havia assinado a súmula como Jhonatan, outro jogador do Maracajá que havia entrado na primeira partida como Maurício. Acontece que o meia-atacante interferiu diretamente no resultado do campeonato, marcando um gol em cada uma das partidas.
No jogo de volta, o placar acabou em 2 a 2, determinando o título ao Maracajá.
De acordo com o advogado do Ouro Negro, Rodrigo da Silva Sakae, com a decisão da Comissão Disciplinar, a equipe de Forquilhinha herda o título de campeão da Segunda Divisão do Campeonato Regional da LARM e, consequentemente, tem o direito de participar da Primeira Divisão no ano que vem. “Desde que tivemos conhecimento dos fatos, a equipe começou a se reprogramar para 2019, pois tínhamos provas muitos fortes, com vídeos, imagens, a súmula, e as próprias notícias”, argumenta.
Já o Maracajá, por meio de seu diretor do Departamento de Esportes, Jeverson Cleston, garante que irá recorrer da decisão. “Já averiguamos, entramos em contato com o advogado, e é possível, pois a LARM é federada. Vamos à Federação Catarinense de Futebol a partir do dia 10 de janeiro, quando eles retornam do recesso, porque achamos injusta a decisão e acreditamos que é preciso manter o resultado de campo”, finaliza.