O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para pessoas privadas de liberdade e cumprimento de medida socioeducativa foi aplicado nessa terça e quarta-feira, 10 e 11, para 2.682 internos e 104 adolescentes inscritos. O Enem abre a possibilidade para os internos se matricularem em programas nos quais a nota da prova é exigida, como o Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Sisu (Sistema de Seleção Unificada).
“A importância do Enem PPL passa pelo trabalho de reabilitação social dos internos do sistema prisional”, observa a gerente de desenvolvimento educacional do Departamento de Administração Prisional (Deap), Josiane Melo. “O objetivo é que, com a elevação de sua escolaridade, a pessoa possa voltar à liberdade com mais oportunidades e não volte ao crime”.
Atualmente, 186 detentos do sistema prisional cursam ensino superior em Santa Catarina. Eles estão matriculados em cursos como Administração, Biblioteconomia, Direito, Logística, entre outros, e participam das aulas nas universidades com autorização judicial.
As provas foram realizadas nas mesmas salas que recebem outros programas educacionais, como o EJA (Ensino de Jovens e Adultos) e o Despertar pela Leitura no caso do sistema prisional, e dos programas técnicos, no caso do socioeducativo.
As áreas aplicadas no exame também são as mesmas do Enem regular e incluem: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias e Redação.
A elaboração do exame é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o mesmo que elabora as provas do Enem regular. O Enem PPL é aplicado desde 2010, e surgiu por meio de uma parceria do Ministério da Justiça e Segurança Pública com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen).