Os frequentadores do Parque Ecológico de Maracajá e moradores da região podem ficar tranquilos, os quase 100 exemplares de macacos-prego que vivem no local, não são ameaças a proliferação da febre amarela que é registrada no sudeste e norte do país. A garantia é do diretor de saúde de Maracajá, Diogo Copetti. Segundo ele, na verdade, a transmissão é feita pelo mosquito Aedes Aegypti, mesmo transmissor da dengue e outras doenças, daí a importância da população continuar se prevenindo contra a formação de condições ideais para proliferação do mosquito: água limpa parada.
A febre amarela era uma doença extinta, mas reapareceu, segundo Copetti, por uma série de motivos. “São diversos fatores que levaram com que o vírus voltasse a se espalhar pelo país, como os próprios cuidados com as residências. Quanto o envolvimento do macaco em tudo isso, acontece que o mosquito pica o animal, ocorre uma mutação no sangue, assim podendo haver a transmissão da doença”. Além disso, o diretor ainda comenta que não há casos em Santa Catarina. “Mesmo não sendo diagnosticados casos, o estado solicitou que ficássemos de alerta e orientássemos a população sobre esse problema de saúde púbica”.
A responsável pelo setor de Vigilância Epidemiológica de Maracajá, Silvana Bilésimo, salienta que as pessoas que vão viajar para alguns estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, e Minas Gerais, devem fazer a vacina com antecedência, mas antes devem procurar o Cemasas, para se informar sobre a necessidade da vacinação.
Silvana ainda esclarece que “hoje há uma norma que estabelece que crianças que nasceram até 2017 e tenham mais de nove meses, devem fazer a vacinação e assim como as pessoas que forem viajar para alguns estados específicos- pelo menos 15 dias antes, já que a vacina não tem efeito imediato-, bem como caminhoneiros e idosos que possuírem recomendação médica”.
Por fim, Diogo relata que os efeitos da doença são muito parecidos, com o de outras viroses. “Os sintomas são febre, dores no corpo, sangramento pelas vias orais, náusea, dor de cabeça, tudo em excesso; aos primeiros sinais, a unidade de saúde deve ser procurada”, orienta o diretor de Saúde.