Na tarde desta sexta-feira (24/4), representantes do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) deram entrevista coletiva sobre a operação realizada pelo GAECO ontem em Criciúma, Morro da Fumaça e Içara. O GAECO é uma força-tarefa composta pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Polícias Civil e Militar e Secretaria Estadual da Fazenda.
Na operação foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão com o objetivo de apurar práticas criminosas na administração do grupo econômico denominado Criciúma Construções Ltda.
Participaram da entrevista os Promotores de Justiça Cleber Lodetti de Oliveira, Marcus Vinícius Ribeiro de Camillo, Luiz Fernando Góes Ulysséa, Leonardo Felipe Cavalcanti Lucchese e Ricardo Figueiredo Coelho Leal.
Na entrevista, os Promotores informaram que as três pessoas detidas foram ouvidas pelos Promotores nesta quinta-feira mas utilizaram o direito de ficar em silêncio. Estão detidos em prisão preventiva um sócio-proprietário e o diretor financeiro da empresa investigada e um empresário do ramo supermercadista. A prisão preventiva tem o objetivo de impedir a continuidade dos delitos e a eventual fuga dos envolvidos.
As investigações continuam com a oitiva de duas pessoas na segunda-feira, além das dez que já foram ouvidas, e a análise do material recolhido no cumprimento dos mandados de busca e apreensão. Na operação foram coletados, além de documentos e computadores, uma arma sem registro. Os documentos estão sendo analisados pelo GAECO e os computadores foram enviados para perícia técnica no Instituto Geral de Perícias (IGP). No caso dos computadores é feito o “espelhamento”, que é a cópia do conteúdo do computador, e a devolução aos proprietários.
As apurações até o momento indicam a prática de diversas infrações penais, dentre elas venda de apartamentos sem a prévia incorporação imobiliária, estelionato, parcelamento irregular do solo urbano, falsidade ideológica, fraude processual, ocultação de bens provenientes de infração penal e crimes falimentares.