Muito mais do que apenas uma lâmpada, esse aspecto é responsável pela criação de diversos efeitos visuais e pode interferir na experiência final do usuário.
Diferentemente do que muitos pensam, a iluminação vai muito além do que apenas uma lâmpada, sendo a responsável pela criação de diversos efeitos visuais. Dessa forma, está diretamente ligada à experiência que as pessoas têm quando ficam em determinados ambientes. Com intuito de criar espaços agradáveis, durante a elaboração de um projeto arquitetônico, os profissionais precisam se atentar para esse importante aspecto.
Seja de forma natural ou artificial, a luz desempenha um papel essencial na arquitetura. Por conta disso, um dos tópicos ponderados é o conforto lumínico, momento em que se analisa a quantidade de aberturas necessárias para que se obtenha um ambiente bem iluminado. Para intensificar o efeito, de acordo com o arquiteto Mateus Michels, um dos recursos utilizados para proporcionar iluminação natural são as claraboias ou rasgos no telhado.
Sensações diferentes
É possível ter sensações diferentes em um mesmo ambiente, somente por conta da iluminação empregada. Isso acontece, porque a luz branca deixa as pessoas mais agitadas e despertas, enquanto as amarelas acalmam e deixam o local mais tranquilo. Esse fator – que na maioria das vezes passa despercebido pela população – pode ser utilizado a favor do usuário.
“As redes de fast-food, por exemplo, utilizam luzes brancas para que as pessoas comam e saiam do local, já que eles precisam manter uma certa rotatividade de clientes. Em contrapartida, em salas, quartos e demais cômodos de lazer e descanso, opta-se por luzes amareladas, deixando o local mais confortável e propício para essa finalidade”, aponta Michels.
Quantidade ideal
Sim, para cada ambiente existe uma quantidade ideal de lâmpadas. Um cálculo é sempre realizado, analisando a quantidade de lúmens – quantia de fluxo luminoso que a lâmpada gera de luz – e a potência das lâmpadas utilizadas. Além disso, também se considera a claridade proporcionada pela luz natural. A partir dessas informações, um programa dimensiona quantas devem ser aplicadas.
“É essencial observar todos esses pontos, pois pode acarretar inúmeros problemas e desconfortos para quem está no ambiente. Ademais, hoje a iluminação é considerada o acabamento de um projeto, destacando elementos e dando um toque final”, pondera o arquiteto.
Ambientes comerciais
Nos ambientes comerciais, outro fator que deve ser verificado é o índice de reprodução de cor (IRC) presente nas lâmpadas, uma vez que ele auxilia os consumidores a terem uma percepção exata dos produtos. Nestes casos, o recomendado é utilizar entre 80% e 90%, diminuindo as chances de o cliente comprar algo que se arrependa depois.
“Quanto maior o índice, mais fiel é a cor do produto. Então, ao utilizar um IRC baixo, pode-se ter algumas mudanças nesse aspecto. Tendo isso em vista, seja no ramo de cosméticos, roupas ou alimentos, esse item pode afetar o modo como o cliente enxerga a mercadoria. Isso pode ser notado quando em um provador a roupa fica com uma tonalidade e, ao vesti-la em casa, parece que sofreu alguma alteração”, explica o profissional.