As pessoas com idade acima dos 60 anos são a grande maioria entre os casos confirmados de gripe causada pelo vírus Influenza em Santa Catarina. Dos 177 registros confirmados até o momento, 66 eram idosos. Em segundo lugar está o grupo entre 30 e 39 anos, com 21 casos. Os dados constam no Informe Epidemiológico n°12/2017 – Vigilância da Influenza (Atualizado em 21 de junho de 2017), divulgado nesta quinta-feira pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES). Os idosos foram maioria também entre as mortes registradas. Dos 24 óbitos confirmados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza, dez eram de pessoas acima dos 60 anos.
“A vulnerabilidade maior se deve à fragilidade do sistema imunológico nessa fase da vida”, explica o médico infectologista Fábio Gaudenzi, superintendente de Vigilância em Saúde da SES. Segundo ele, o mesmo ocorre com crianças, portadores de doenças crônicas, como diabetes, doença cardíaca ou pulmonar, e com gestantes, obesos ou imunodeprimidos. “Independente da situação vacinal, essas pessoas devem reforçar os cuidados e a prevenção, evitando ambientes com aglomeração de pessoas e lavando as mãos várias vezes ao dia”, exemplifica Gaudenzi.
As infecções respiratórias são provocadas por diversos tipos de vírus que são facilmente transmitidos por meio de espirro, tosse e pelo contato com superfícies contaminadas. “Por isso, reforçamos a importância de evitar levar as mãos ao rosto antes de lavá-las ou higienizá-las com álcool gel”, frisa o superintendente de Vigilância em Saúde.
Sintomas e tratamento
A febre é o principal sinal a ser monitorado. No caso da gripe, a febre é alta e persistente. Quando associado a sintomas como tosse e dores pelo corpo, a pessoa deve se dirigir imediatamente a uma unidade de saúde para diagnóstico e início do tratamento. “A terapêutica precoce reduz os sintomas e a ocorrência de complicações da infecção pelos vírus da Influenza, tanto em pacientes com condições e fatores de risco para complicações bem como naqueles com Síndrome Respiratória Aguda Grave”, complementa Fábio Gaudenzi.