A hospitalidade é um dos itens mais bem avaliados pelos turistas internacionais que visitaram Santa Catarina em 2018, quando 99% dos visitantes estrangeiros aprovaram a receptividade e a atenção dos catarinenses. É o que aponta o Estudo de Demanda Turística Internacional, pesquisa encomendada pelo Ministério do Turismo (MTur) à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A boa notícia é mais uma razão para celebrar o Dia Mundial do Turismo, neste 27.
A pesquisa do MTur ouviu cerca de 39 mil turistas de outras nacionalidades ao longo de 2018 em todo Brasil. Outro dado que comprova a boa avaliação é o índice de fidelização ao destino e a intenção de retorno: 79,1% dos entrevistados já havia visitado Santa Catarina anteriormente e 92,1% declararam que pretendem retornar. Em relação ao nível de satisfação com a viagem, 94,5% tiveram as expectativas superadas ou atendidas plenamente.
Quatro cidades de Santa Catarina estão entre as 10 mais visitadas pelos estrangeiros: Florianópolis, Bombinhas, Balneário Camboriú e Itapema. Além de estar em destaque no ranking da pesquisa, os quatro municípios integram a categoria A do Mapa do Turismo Brasileiro 2019. Esse estrato representa os municípios com maior fluxo turístico e número de empregos e estabelecimentos no setor de hospedagem. A categorização é um instrumento do Ministério para identificação do desempenho da economia do turismo das cidades que integram o Mapa.
A Capital do Estado foi a segunda cidade brasileira mais visitada em 2018, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro.
Detalhes
No quesito composição do grupo turístico, 68,8% viajou em família e, dentre os tipos de hospedagem utilizadas, as casas alugadas atingiu um índice de 54%, seguido por hotel, flat ou pousada, com 32,5% das escolhas. Os turistas que vieram a lazer, eventos ou negócios permaneceram, em média, dez dias em território catarinense.
“Queremos, além de receber bem, qualificar o turista, com maior tempo de permanência no Estado, renda e gastos na economia local. As empresas aéreas de baixo custo já estão começando a atuar no país e podem auxiliar nisso – afinal, quanto menor o gasto com passagens aéreas, mais recursos o turista dispõe para desfrutar dos atrativos”, destaca a presidente da Agência de Desenvolvimento do Turismo em Santa Catarina (Santur), Flavia Didomenico.
Apesar da crise econômica, a Argentina continua sendo o país que mais envia visitantes ao estado, seguida do Paraguai e do Uruguai. O Chile aparece em quarto lugar como um dos maiores emissores de turistas para Santa Catarina. Os Estados Unidos e os países europeus aparecem na sequência. A internet foi a principal fonte de informação na busca por SC, com 66,3%, seguida de dicas de amigos e parentes para 28,3% dos entrevistados.
O estudo também identificou que o lazer é a principal razão da procura para 90,1% dos entrevistados, e 95,1% deles veio em busca de sol e praia. A maior parte dos turistas internacionais é de países da América do Sul.
Emissivo aéreo
O maior crescimento de emissivo aéreo registrado pela pesquisa, entre 2017 e 2018, foi o de uruguaios (39,3%), seguido dos chilenos (23,2%) e os argentinos com 19%. Já os paraguaios, tanto por via aérea ou terrestre, entraram no radar com um acréscimo de 14% em comparação à última pesquisa. A via Aérea responde por 65,4% do acesso dos turistas não residentes, seguida pela via Terrestre (31,5%).
“Pesquisas como essa nos fornecem subsídios para a elaboração de estratégias de marketing que contribuam para o aumento da permanência e gastos dos turistas e a ampliação da oferta de produtos turísticos de qualidade adequada à demanda”, pontua a presidente.
Pesquisa
O estudo do MTur entrevistou 39.811 pessoas em 15 aeroportos internacionais e 10 fronteiras terrestres em todo o país, abrangendo os principais pontos de entrada e saída de turistas no Brasil.
Levanta o perfil e os hábitos dos turistas internacionais, tendo como principais dados as principais motivações das viagens, meios de hospedagens e de transportes utilizados e tempo de permanência no país; gastos no Brasil; fidelização ao destino; intenção de retorno, frequência e preferência; fontes de informações sobre o país; avaliações dos destinos, dos atrativos e da infraestrutura turística e perfil socioeconômico do entrevistado (grau de instrução, idade e renda).