A corrida é contra o tempo, pois o fechamento – ou não – da Maternidade do Hospital São Donato será definido em 11 dias. A reversão da paralisação depende exclusivamente do pagamento dos débitos do Governo do Estado, por ora, de R$ 1,05 milhão em incentivos. A perspectiva é que uma reunião com os deputados do Sul ocorra às 16h de sexta-feira e na próxima semana um desfecho seja acertado com o Governo do Estado. O encaminhamento foi realizado através de uma mobilização na Câmara Municipal nesta segunda-feira, dia 31.
“O fechamento da maternidade vai gerar um problema social em toda a região. A dificuldade financeiro se encerra junto com a Maternidade. Mas as mães terão dificuldade. Viemos à Câmara Municipal pedir apoio. A solução depende agora de política”, coloca o presidente Waldemar Luiz Casagrande. Segundo ele, o contrato de incentivo já havia sido prorrogado no final de 2016 até 31 de dezembro de 2017. “Estamos em um momento de desespero. Se fechar a Maternidade, dificilmente retornará”, completa.
“O incentivo de custeio foi conseguido porque, com o passar dos anos, a Maternidade de Urussanga e Nova Veneza fechou. Em Morro da Fumaça não há plantão. A porta aberta 24h é então do Hospital São Donato em Içara e Hospital São José de Criciúma. Recebemos para manter o funcionamento. Agora, acredito que pela dificuldade que o Estado passa, estamos sem receber. Isso atinge os fornecedores e os médicos. O serviço já foi prestado. Precisamos do pagamento”, relata o diretor-administrativo Júlio César De Luca.
“O nosso objetivo não é só manter o hospital. Queremos também implantar a Unidade de Terapia Intensiva, a pediatria e a ampliar o Centro Cirúrgico. São três anos de recessão. Ter sobrevivido garante todo o crédito que tem atualmente. É uma referência reconhecida. Confiamos plenamente nesta diretoria”, considera o prefeito Murialdo Canto Gastaldon. “Somos parceiros. E vamos convidar representantes também dos municípios atendidos”, pontua o presidente da Câmara Municipal, Alex Ferreira Michels.