Dos mais de mil partos realizados no Hospital São Donato ao longo de 2015, aproximadamente 65,5% foram normais. Pelo trabalho desenvolvido na instituição, a tendência é que este número aumente ainda mais. Todavia, a elevação do índice não depende apenas da equipe médica.
Alguns aspectos devem ser cuidados pelas mamães ainda na gestação para reduzir a necessidade das cesáreas. Entre os principais problemas está a hipertensão (pressão alta), insuficiência céfalo-pélvica e a cesárea prévia.
Conforme o obstetra Lauro Nogueira, a hipertensão pode ser uma consequência da pré-eclâmpsia. Em alguns casos, evolui e gera perigo tanto para a mãe quanto o bebê. A obesidade é um dos fatores de risco. A probabilidade também é maior na gravidez de gêmeos ou se for antes dos 20 e após os 40 anos.
“É preciso cuidar muito do peso. As mulheres grávidas devem comer de forma saudável e não precisam ingerir mais alimentos por serem gestantes. O acúmulo de sódio e proteínas é prejudicial”, alerta o médico.
A insuficiência céfalo-pélvica, por vez, é provocada pela desproporção ou a falta de encaixe da criança no quadril da mulher. “Isso só é possível saber com o acompanhamento da dilatação durante o trabalho de parto. Para facilitar, as mulheres podem treinar os músculos abdominais. Estes exercícios facilitam muito”, recomenda. Já no caso das cesáreas prévias, o maior problema é psicológico. “As mulheres que tiveram cesarianas tendem a achar que todos os demais filhos nascerão da mesma forma”, pontua.