Ato regional segue ordem de paralisação em todo o Brasil.
A greve dos bancários inicia nesta terça-feira, 06, por tempo indeterminado. O protesto foi aprovado por unanimidade pelos bancários da região, em assembleia realizada na semana passada na sede do Sindisaúde, e deve atingir cerca de 800 trabalhadores.
A categoria rejeitou a proposta de 5,5% de reajuste sobre todas as verbas salariais e benefícios mais abono de R$ 2.500,00, oferecida pelos banqueiros. Para Edegar Generoso, presidente do Sindicato dos Bancários de Criciúma e Região, o resultado da assembleia é a expressão de quanto a categoria bancária se sente subvalorizada com a proposta indecente feita pelos bancos que não supre sequer a inflação do período de 9,88%.
“Os bancários decidiram lutar contra o arrocho salarial que estão tentando impor. Sem dúvida a vitória dos bancários nessa luta será a vitória de todos os trabalhadores contra a política recessiva que o governo e os patrões querem implementar”, critica.
Edegar avalia que a proposta dos bancos não condiz com os lucros que os bancários geraram no primeiro semestre deste ano, apesar de uma certa estagnação da economia: Itaú R$ 11,714 bilhões; Bradesco R$ 8,717 bilhões, Banco do Brasil R$ 8,526 bilhões; Caixa: R$ 3,5 bilhões; Santander R$ 3,308 bilhões.
A categoria reivindica 16% de aumento (reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3299,66 em junho), PLR de três salários mais R$ 7.246,82, defesa do emprego e fim da terceirização entre outros. A data-base é 1º de outubro.
São cerca de 800 trabalhadores distribuídos em 60 agências dos 10 municípios integrando a base de Criciúma: Içara, Balneário Rincão, Morro da Fumaça, Forquilhinha, Cocal do Sul, Urussanga, Siderópolis, Nova Veneza e Treviso.