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Governador, Raimundo Colombo, nega delações da Odebrecht: “Não pedimos caixa 2”

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Antes de participar de audiência na Secretaria do Tesouro Nacional, na tarde desta terça-feira, 18, o governador Raimundo Colombo se manifestou sobre as acusações por parte de executivos da Odebrecht, em entrevista a jornalistas de Brasilia. “Nós vamos esclarecer todos os fatos, ponto por ponto, e vamos continuar nosso trabalho com muita fé, com muita coragem, para Santa Catarina se desenvolver e continuar enfrentando a crise com sucesso e vencendo as dificuldades. É um momento difícil, de dor e sofrimento, mas a gente precisa ter força, aumentar a nossa fé, para continuar prestando serviço. Até porque a vida dos trabalhadores continua e eles precisam que a gente cumpra o nosso dever perante a gestão pública. Vamos continuar trabalhando até o último dia para realizar o melhor trabalho e com a mesma intensidade”, declarou.

Colombo ressaltou que ainda não tinha acesso ao processo, portanto não conhecia as informações oficiais da acusação. Um advogado contratado pelo governador já está acompanhando os trâmites legais. Mas somente se a denúncia não for arquivada e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir abrir o inquérito para investigação, o governador poderá fazer uma defesa formal para qualquer acusação apresentada. “Se houver abertura de inquérito, não há desonra nisso. Vamos esclarecer os fatos, levar toda a contraprova, levar todos os nossos argumentos. Eu não sei como é que isso vai tramitar, mas eu estou à inteira disposição para esclarecer todos os fatos como é do meu dever e farei isso”, afirmou Colombo.

O governador explicou que chegou a encontrar executivos a Odebrecht, uma vez em um aeroporto em São Paulo, e outras em reuniões com outros empresários e representantes do governo catarinense em Florianópolis. “O Governo do Estado recebeu centenas de empresas, do Brasil e do exterior, e todas foram bem recebidas. Sempre estávamos acompanhados de mais gente do governo para tratar de assuntos que fossem importantes, e tivemos sucesso em muitos dessas reuniões. A Odebrecht era uma das maiores empresas do Brasil e o fato de recebê-las era um ato absolutamente normal e praticado pelo governo com todas as outras, inclusive do próprio setor. O mais importante de tudo é que o Governo do Estado não vendeu nenhuma ação da Casan para a Odebrecht, não tem contrato com a Odebrecht, não realizou nenhum pagamento para eles”, garante Colombo.

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Em relação ao interesse da Odebrecht pela Casan, o governador voltou a afirmar que nunca houve qualquer negociação no sentido de vender a estatal catarinense para o grupo empresarial. Quando assumiu o primeiro mandato como governador, chegou-se a criar uma lei prevendo que qualquer processo venda da estatal deveria ocorrer obrigatoriamente por leilão na bolsa, o que evitaria qualquer tipo de favorecimento. No entanto, diante de significativas dívidas trabalhistas e previdenciárias da Casan registradas na época, o Governo do Estado descartou a possibilidade de venda. Nos anos seguintes, com os financiamentos obtidos para novas obras a serem realizadas pela Casan, a ideia de venda foi completamente abandonada.

Os secretários de Estado da Fazenda, Antonio Gavazzoni; da Comunicação, João Debiasi; e da Articulação Nacional, Acélio Casagrande, acompanharam a em Brasília.

Francine Ferreira – Alexandre Lenzi


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