Neste final de semana, a Igreja, celebrando a festa de São Pedro e São Paulo, mostra a seus filhos a necessidade de se reafirmar a identidade de Jesus para que, consequentemente, se solidifique sua identidade de serem homens e mulheres do bem, da paz, da misericórdia, da compreensão, da solidariedade, ou seja, enquanto tais, discípulos de Jesus, mostrem que são homens e mulheres de Deus. Em outras palavras, em Jesus, se mostrem que são homens e mulheres de “esperança evangélica”. Por que esperança? Porque, sabem que o seu Senhor é o Filho do Deus VIVO.
Para São Pedro essa certeza era indubitável, tanto é verdade que ele soube esperar no seu Senhor, Jesus Cristo. Cantou o refrão do nosso salmo de meditação: “de todos os temores me livrou o Senhor, Deus”.
Pedro sabia em quem depositou sua fé. Sendo assim, não colocou sua fé no efêmero, no finito, no passageiro, etc. Ao contrário, colocou sua fé no fundamento, no infinito, no eterno, etc. Soube “esperar” no Senhor. Pedro, com sua fé, nos mostra a esperança.
Preso, logo após a morte de São Tiago, apóstolo, sabendo que seria o próximo, esperou no Senhor, intrepidamente, e foi liberto das prisões. Tinha muito ainda que fazer pela Igreja de Jesus. Somente mais tarde consumou o seu seguimento de Jesus ao morrer crucificado, de cabeça para baixo – diz a lenda (não se achou digno de morrer como seu Senhor).
São Paulo, por esperar no Senhor Jesus, deu o que tinha para o anúncio do Evangelho de seu Senhor. Foi apedrejado a ponto de ser considerado morto, chicoteado, expulso, vilipendiado, entre outros sofrimentos, por causa de Jesus. O que fez este homem fazer o que fez pela causa do Evangelho? Sua esperança.
Ele soube esperar no Senhor Jesus, seu Deus. Por isso, de todos os temores o livrou o Senhor Deus. Paulo trabalhou tanto pelo anuncio do evangelho que ao chegar no fim de sua vida, sabendo que seria decapitado, em Roma, tem a serenidade de dizer: combati o bom combate, guardei a fé, não me resta que receber a coroa imarcescível da glória. Que fé. Que homem de esperança. Que homem de Deus.
Ambos, homens de esperança; ambos, em suas vidas, rezam o salmo, “de todos os temores me livrou o Senhor Deus”; ambos, para chegar à estatura da esperança evangélica, não ficaram de braços cruzados esperando que algo mágico acontecesse em suas vidas. Pelo contrário, ambos se debruçaram sobre as “Sagradas Escrituras” e, através destas, reafirmaram a fé, professaram que Jesus é o Filho do Deus VIVO e para Ele deram o melhor de suas vidas – a própria vida.
Você, filho/a de Deus, descruze os braços; não fique esperando o milagre, faça ele acontecer. Alimente a sua esperança na leitura da Sagrada Escritura, deixando um pouco de lado a mídia televisiva, a fofoca da vida alheia, a preocupação com o material, as filosofias humanas, as religiões de princípio circular purificativo, …e creia em Jesus, como o Filho do Deus VIVO.
Uma vez conhecendo melhor a Deus, a partir das Sagradas Escritura, deixe que Ele lhe liberte de temores profundos e você possa seguir firme, como São Pedro, os caminhos que Deus lhe reservou e, possa dizer como São Paulo, em todas as circunstâncias da sua vida: “guardeia fé, não resta que receber a coroa da vida”. Deus lhe abençoe. Que a esperança evangélica, pela sua ação cristã, seja derramada por Deus sobre toda sua família. Amém.
