Meus queridos irmãos e irmãs de fé, venho postar a meditação da Palavra de Deus do domingo passado, porque acredito que somente agora está preparado para ser partilhado com outras pessoas. Esta meditação está “arrumada” pelo Espírito de Deus, ou seja, o trecho do evangelho dominical foi lido, meditado e pronunciado.

Sempre quando se fala à assembleia, aquilo que foi meditado, se deixado tocar pelo Espírito de Deus, algo sai inspirado. Pois, Jesus disse: não sois vós que falareis, mas o Espírito de Deus que há de falar. Sim, o sacerdote deve preparar com meditação e oração sua homilia, mas, acima de tudo, deve se deixar tocar pelo Espírito Santo na hora em que está desenvolvendo seu múnus de pastor.

Portanto, das leituras, fica claro que neste final de semana, Deus quer que desejemos recuperar o “Paraíso” que perdemos pela nossa desobediência à sua Palavra. Este “desejo de recuperar” passa imprescindivelmente pela conversão do “estar com”, em outras palavras, o ser humano não foi criado sozinho para viver sozinho. Como já sabemos, o ser humano foi criado a imagem e semelhança divina; se Deus é trindade, o ser humano também é trindade, isto é, Deus é a pessoa do Pai, do Filho e do Espirito Santo, então, o ser humano é a pessoa do homem, da mulher e do filho (família).

Dito de outra forma, Deus é comunhão e, portanto, o ser humano, ao possuir a imagem e semelhança de Deus, também é comunhão. Acima, para a compreensão, fizemos um paralelo reduzido em relação as pessoas. Mas, em seguida, ao falar de comunhão, entendemos que a felicidade do ser humano passa pela comunhão. Na primeira leitura, livro do Gênesis, vimos que Deus reprova a desunião motivada por falta de humildade pessoal em assumir seus erros e, pior, ficar acusando os outros.

No evangelho, da mesma forma, Jesus critica veemente a desunião; ele indica que esta é motivo para o dissolvimento da família, da comunidade cristã e, por consequência, da sociedade. Diz ele, até satanás se estiver desunido seu reino está fadado ao fracasso. Na segunda leitura, São Paulo aos Coríntios, diz: cremos e, por isso, falamos. A fala é instrumento de revelação daquilo que está em nosso coração. Se quisermos nos conhecer, não basta nos olhar no espelho, temos que observar o conteúdo de nossa fala.

Se esta for motivo de unidade, somos de Deus e o Espírito de Deus está falando em nós, em qualquer circunstância. Se nossa fala for motivo de separação e de julgamento (fofocas e maledicências), não somos de Deus e o diabo está fazendo uso de nós para tentar destruir o trabalho de Deus. Esta conclusão profunda que nos leva a Palavra de Deus, não tem a pretensão de nos deixar com medo ou com vergonha, como ficaram Adão e Eva depois de desobedecerem a Palavra de Deus.

Antes, esta conclusão está para tirar-nos da vergonha e do medo. Quem fala mal dos outros (fofoqueiro) é feio e, em si, motivo de vergonha – não adianta ter medo, tem que assumir as consequências de sua fala e deve perceber que enquanto maldizente está sendo um monstro. Deus nos quer poupar disso tudo e nos abrir as portas do Paraíso. Vamos voltar para junto de Deus, façamos, através de nossa fala, da nossa casa um paraíso, do lugar do nosso trabalho um paraíso, da nossa sociedade um paraíso. Tudo isso é possível, desde que comecemos a mudar o conteúdo de nossa fala. Amém. Deus abençoe a todos e nos inspire Santas Palavras.