Queridos irmãos e irmãs de fé, com a reflexão da Palavra de Deus queremos nos deixar iluminar pela mesma e viver plenamente a promessa de Jesus: eu vim para que tenham vida, em abundância.

Neste final de semana, a Palavra de Deus, em São Paulo aos Efésios, diz-nos que a inimizade em Cristo foi destruída, em outras palavras, todos nós que nos dizemos cristãos não temos respaldos que nos permitam a instituição de situações de hostilidades, em nenhuma circunstância.

Portanto, em Cristo, na essência evangélica, todo preconceito é superado em si mesmo. A pergunta: eu, você, ou seja, todos nós cristãos, por batismo, temos “inimizades”? Saibamos que isso não é de Deus. Possamos nós, em vias de conversão, viver a frase da música do cantor Alysson: “o que não é de Deus, eu não quero pra mim”. Inimizade não é de Deus, foi sobrepujada em Cristo.

Na leitura do profeta Jeremias, mostrando que o Senhor é bom pastor e que, por isso, jamais deixará suas ovelhas se perderem, recebemos a intimação de Deus para que nos apresentemos diante dele, no mais profundo da nossa consciência, e analisemos como estamos vivendo, responsavelmente, aquilo que assumimos em seu nome.

Por exemplo: no matrimônio, no sacerdócio, com os filhos/as, com os afilhados/as… momentos que nos apresentamos, em frente a um altar, e nos comprometemos com o outro e com Deus, assumindo assim responsabilidades. Neste compromisso, tornamo-nos pastores uns dos outros (pastor: conduz, zela, cuida, dá a vida pelas suas ovelhas); pois, assumimos responsabilidade diante de Deus admitindo o “cuidado do outro”.

Num gesto sagrado, Deus nos confia o outro para que cuidemos dele, somente. Na leitura de Jeremias, referida acima, Deus diz: ai de vocês pastores que não cuidaram de meu rebanho. Entendemos que esse “ai de vós” esteja se referindo a todos nós que assumimos “o pastoreio do outro” e fomos relapsos em nossas tarefas.

Deus nos leva a sério, sempre. Diz Einstein: “Deus não joga dados”, ou seja, Deus não brinca com a gente. Ele sempre se coloca em atitude de responsabilidade em nossas alianças… Agora, a pergunta que brota é: Deus é responsável com a gente. Doutra parte: nós somos responsáveis com Deus?

No evangelho, de São Marcos, Jesus recebe seus discípulos que voltam da missão. Desejam descansar e se afastam para um lugar mais tranquilo. Mas, chegando no lugar, Jesus, ao ver muita gente, sente compaixão, abre mão do descanso, começa a trabalhar de novo.

Entendemos neste breve relato que Deus não se cansa nunca da gente; Ele se compadece de nós. Sem nos prolongarmos, Deus não se cansa de nós, mas, nós…, em nosso pastoreio, facilmente nos cansamos tanto do outro como também de Deus.

Por exemplo, nossa relação com o outro é marcada pela falta de tolerância, de acolhimento, de perdão, de humildade, … situações que em vez de diminuir, aumenta cada vez mais aquilo que denominamos como “inimizades”.  Em relação a Deus, custa-nos irmos a uma Igreja; bastamo-nos com nossas pseudas oraçãoes que brotam de nossas superstições; preferimos estar diante da televisão, do computador, etc., que estar dez minutos diante da Sagrada Escritura, etc.

Mas, lembremos: Deus está sempre com a gente; mas, nós estamos sempre com Deus? Diz Ele: ai de vós pastores que deixam minhas ovelhas se perderem… Teremos que prestar conta a Deus por nossos atos.

Em essência, este final de semana pede que tenhamos atitudes divinas e, portanto, incansáveis, em nossas relações com Deus e com o outro.

Paz no coração de vocês e a súplica, da minha parte, para que Deus abençoe a todos. Amém.