De 2016 para 2017, casos de homicídios aumentaram, mas números de óbitos em acidentes de trânsito e suicídios diminuíram.
Em Forquilhinha, o Instituto Médico Legal (IML) de Criciúma registrou queda de 14 mortes em 2016 para 13 óbitos no último ano. Nessa linha, em acidentes de trânsito houve queda de quatro em 2016 para três mortes em 2017; assim como em suicídios, que diminuíram de quatro no ano retrasado para dois no ano passado.
No entanto, o número de homicídios aumentou de três em 2016 para cinco em 2017. E depois disso, a única diferença dos últimos dois anos é que uma pessoa morreu por acidente doméstico em 2017, enquanto nenhum óbito do tipo foi registrado em 2016.
Região Carbonífera reduz mortes
De forma geral, se comparando os últimos dois anos, o IML registrou queda no número de mortes na Região Carbonífera: foram 227 óbitos em 2017 contra 278 mortes em 2016.
Além disso, as ocorrências diminuíram no que diz respeito aos homicídios, por exemplo, que passaram de 60 em 2016 para 40 no ano passado. As mortes em acidentes de trânsito também caíram, de 87 em 2016 para 82 em 2017; e em acidentes de trabalho, reduziram de 12 ocorrências em 2016 para 4 casos no ano passado.
“A cada fim de ano vínhamos nos deparando com números sempre maiores no que dizia respeito aos índices de morte na região. Já nesse ano que passou, tivemos uma queda significativa, principalmente em relação aos homicídios. Tudo isso está ligado aos trabalhos de prevenção e ações ostensivas de policiamento, que tem contribuído fortemente para a redução dos números”, argumenta o agente do IML, Almir Fernandes de Souza.
Queda de homicídios em Criciúma
Em Criciúma, no âmbito geral, o número de mortes registradas pelo IML caiu de 118 para 104 casos no comparativo de 2016 com 2017, um reflexo da queda no índice de homicídios, que reduziu consideravelmente, de 37 para 19 casos. Na mesma linha, os registros de óbitos por acidentes de trabalho também diminuíram, de cinco para três casos. Já o número de mortes por acidentes de trânsito aumentou de 21 para 28 óbitos nos dois últimos anos.
Quatro cidades sem homicídios
Quatro municípios da Região Carbonífera terminaram 2017 com o saldo positivo de não terem registrado nenhum homicídio durante todo o ano: Morro da Fumaça, Urussanga, Nova Veneza e Treviso. “Enquanto em outras épocas todas as cidades apareciam com números, pelo menos de um caso, nesse último ano que passou algumas não foram palcos de assassinatos, o que é muito bom”, completa o agente.
Içara com números positivos
Na comparação dos dados, o município de Içara reduziu seus índices de 51 mortes em 2016 para 29 mortes no ano passado. Em acidentes de trânsito, os óbitos caíram de 25 para 12 casos no mesmo período; os homicídios baixaram de cinco para dois registros; em afogamentos, de três para nenhuma ocorrência; em choques elétricos, de quatro casos em 2016 para apenas um no ano passado; e em acidentes de trabalho, de uma morte no ano retrasado para nenhuma em 2017.
Sem queda nos suicídios
Já no que diz respeito aos suicídios, aumentaram os registros em um caso no comparativo dos dois anos: foram 42 em 2016 e 43 em 2017, com destaque negativo para Criciúma, cujos números passaram de 19 no ano retrasado para 26 no ano passado.
No entanto, segundo Souza, o fato de os números terem quase se estabilizado é algo a se evidenciar, uma vez que em anos anteriores esse tipo de morte vinha sempre aumentando. “Com toda certeza, se não fosse o trabalho preventivo que vem sendo realizado por órgãos como o Centro de Valorização da Vida, estaríamos divulgando índices bem maiores. E afirmamos isso com base no monitoramento de atendimentos do CVV, por exemplo, que tem crescido cada vez mais”, finaliza.
Francine Ferreira
