Iniciativa em Criciúma foi inspirado em projeto já realizado em Joinville.
O processo de adoção é um momento delicado para todos os envolvidos e além das questões legais, existe o elemento emocional. Como forma de tornar o judiciário ainda mais humanizado, além de cumprir as questões legais, a comarca de Criciúma iniciou em agosto um grupo de acompanhamento para os adotantes de crianças maiores de dois anos, que estejam es estágio de convivência.
No processo de adoção existe um período chamado estágio de convivência, previsto em lei, em que a equipe de equipe técnica da Vara da Infância e Juventude, composta por psicólogo e assistente social, acompanha as famílias nos primeiros meses de convivência para verificar a adaptação e as necessidades e após isso, a adoção ser efetivada.
O grupo foi criado buscando ser um espaço de troca de experiência entre os adotantes e mais uma fonte de orientação e de apoio profissional aos que se encontram neste estágio da adoção.
“Os feedbacks dos participantes têm sido positivos. Eles se identificam ao compartilharem as situações do cotidiano e percebem, muitas vezes, características que são típicas da adoção tardia e da fase de adaptação. Acima de tudo, é uma oportunidade de não se sentirem sozinhos e de se aproximarem dos profissionais de apoio e de outras famílias adotantes”, explica a psicóloga da comarca de Criciúma, Joana Patricia Anacleto de Assis.
Segundo ela, os participantes recebem materiais para estudo e incentivo ao compartilhamento de vivências de acordo com as demandas identificadas, ao mesmo tempo em que é realizado um contato mais próximo com as famílias e observado como estão se encaminhando os processos de adoção por parte da equipe técnica.
Os encontros, conduzidos pela equipe psicossocial da comarca, acontecem quinzenalmente. Atualmente o grupo tem nove participantes, de cinco processos de adoção em andamento. A iniciativa o foi inspirada no grupo “As Cores da Minha História” desenvolvido pela comarca de Joinville.