Mobilização aconteceu na manhã deste sábado, 15.
Com faixas, cartazes e brados em coro, familiares e amigos de Valcionir da Rosa realizaram uma passeata na manhã deste sábado, 15, por ruas de Forquilhinha. De forma geral, a mobilização pedia pelo julgamento da sua namorada na época, a dentista, Jaqueline Duarte Amboni, de 33 anos, que confessou ter assassinado o jovem, que tinha 26 anos, a facadas no fim de 2015.
ENTENDA O CRIME
De acordo com o delegado de Polícia Civil de Forquilhinha, Eduardo de Mendonça, a dentista confessou que, na noite em que ocorreu o assassinato, em seu apartamento, ela e Valcionir estavam brigando e ela já havia sido agredida quando pegou uma faca e correu para o quarto. Ele a teria alcançado e, para se defender, ela o esfaqueou. “A primeira facada pegou próximo ao pescoço, mas como já passou muito tempo, não temos como saber quantas facadas ela desferiu”, completa.
Segundo a investigação, depois disso, Jaqueline buscou o pai no Balneário Arroio do Silva e ambos enrolaram Valcionir em um cobertor, o levaram e enterraram em uma jazida de areia entre os municípios de Araranguá e Balneário Arroio do Silva. Na sequência, ela teria levado o pai embora, passado na casa da família de Valcionir para falar que ele havia supostamente sumido e depois ido para seu próprio apartamento.
Dentre as provas que a Polícia Civil tem sobre o caso, o delegado de Forquilhinha enumerou algumas importantes. “O fato de que Valcionir sumiu quando estava na casa de Jaqueline; ela ter se passado por ele e mandado mensagens para a família dizendo que havia ido embora para o Mato Grosso do Sul, por um número de celular desconhecido, até 15 dias depois do assassinato; e o percurso feito pelo carro de Jaqueline na noite do ocorrido, que conseguimos rastrear através da antena de seu celular”, ressalta.
Jaqueline será indiciada por homicídio e ocultação de cadáver e seu pai, por ajudar a esconder o corpo, responderá também por ocultação de cadáver. Como não houve flagrante, responderão em liberdade”.
LEGÍTIMA DEFESA
A defesa de Jaqueline irá buscar o reconhecimento de legítima defesa, uma vez que ela vinha sendo agredida por Valcionir. “Porque foi o que houve no dia, ela apanhava bastante dele, inclusive no dia dos fatos foi agredida na frente de familiares, e já vinha passando por isso inúmeras vezes. A Jaqueline se entregou, contou e ainda vai contar a verdade com todos os detalhes, para que este caso possa ser julgado e resolvido, e para que todas as partes possam seguir com suas vidas”, argumenta o advogado da acusada, Alessandro Damiani.