Toma lá, dá cá

Repercutiu intensamente nos últimos dias e deve ser um dos primeiros assuntos a ser tratado quando o prefeito Dimas Kammer (PP) retornar à Administração Municipal de Forquilhinha, na próxima semana, o confronto interno registrado na coligação, envolvendo MDB e PT. O impasse começou logo depois da eleição da Mesa Diretora do Legislativo, em dezembro, quando dois servidores nomeados pelo Partido dos Trabalhadores foram exonerados pelo presidente da Casa e emedebista Maciel Da Soler.

Em retaliação, após decisão interna do PT neste início de ano, o petista e prefeito em exercício Félix Hobold exonerou o único servidor nomeado pelo MDB na Administração Municipal que não estava de férias, o até então chefe da Divisão da Fábrica de Lajotas, José De Costa.

O toma lá, dá cá, bastou para colocar ainda mais fogo em uma relação que já havia balançado.

O que diz o MDB

O presidente do Legislativo, Maciel Da Soler, afirma que, de forma proposital, o MDB se afastou do Poder Executivo depois da exoneração de Zé Costa. “Quase não tenho ido na prefeitura, em função do que aconteceu. Hoje estamos nos considerando praticamente fora do governo, porque nosso único servidor que estava trabalhando foi exonerado. O que mais decepciona neste caso é que o PT, com Félix, usou a prefeitura como ferramenta de vingança pessoal e política, ao invés de usar como instrumento de administração pública”, desabafa.

O que diz o PT

O prefeito em exercício, Félix Hobold, explica que a decisão da exoneração partiu do Partido dos Trabalhadores como um todo, mas garante que irá conversar com Da Soler ainda nesta semana para buscar um entendimento, além de trabalhar para restabelecer Zé Costa em alguma função na Administração Municipal. “Os três partidos se uniram para administrar os quatro anos de mandato, então não podemos agir de uma forma que haja algum comprometimento da coligação. Foram questões pontuais, mas isso servirá como reflexão para colocarmos tudo na mesa e reorganizarmos as energias”, completa.

O que diz o PP

Por fim, o presidente do Partido Progressista em Forquilhinha, José Ricardo Junkes, argumenta que as duas situações estão sendo tratadas como atitudes individuais e que, assim que o prefeito Dimas retornar ao trabalho, definições serão tomadas com a intenção de manter tanto MDB quanto PT na coligação.

“Os dois precisam se respeitar no trabalho do dia a dia perante a população. Se acharem que não conseguem conversar, é um problema entre eles, mas acredito que com o tempo as dores acabam diminuindo. Ambos usaram do poder do cargo que possuem para tomar suas respectivas decisões, e é lógico que toda ação tem uma reação. Vamos sentar e colocar as coisas nos seus lugares, mas é fato que o Zé Costa volta para o quadro de servidores da prefeitura”, finaliza.

Vice-presidente

Segue bem encaminhado o acordo para que o deputado estadual reeleito, Rodrigo Minotto, seja conduzido ao cargo de 2º vice-presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. O parlamentar ainda não comenta sobre o assunto, mas informações de bastidores dão conta de que o acerto está praticamente fechado. A posse dos deputados acontece no dia 1º de fevereiro, quando também será realizada a eleição da Mesa Diretora da Alesc.

Financiamento

O financiamento que a Administração Municipal está negociando com o FINISA, da Caixa Econômica Federal, deve ser assinado ainda em janeiro. As tratativas estão bem encaminhadas e o contrato é de R$ 10 milhões. Assim como o financiamento assinado no mês passado com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) – também de R$ 10 milhões – o valor deverá ser investido em obras de infraestrutura. Com a devida contrapartida do Governo de Forquilhinha, serão mais de R$ 23 milhões de investimentos nos próximos dois anos.