Após um dia de agendas em Brasília e no Rio de Janeiro, o governador Eduardo Pinho Moreira participou de uma reunião na noite desta quarta-feira, 23, com secretários de Estado e comandantes das polícias para fazer o acompanhamento dos desdobramentos da paralisação dos caminhoneiros, que ocorre em todo o Brasil. No Estado, há bloqueios em rodovias federais e estaduais. A principal preocupação da administração é com as consequências de um desabastecimento em serviços essenciais para a população.
“Nós estamos atentos. Há um comitê de crise desde a terça-feira, reunidos há mais de 24 horas, acompanhando todas as situações em todos os segmentos da sociedade. Temos alguns mais urgentes do que outros. O que nós vamos garantir dentro do nosso Estado é a preservação da vida, a segurança e a garantia de ir e vir do cidadão catarinense”, afirmou o governador após o encontro, que ocorreu no Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres de Santa Catarina (Cigerd), inaugurado na semana passada na área continental de Florianópolis.
Nesta quinta-feira, novas reuniões de monitoramento acontecerão no Cigerd desde as primeiras horas da manhã. Segundo o governador, a mobilização será permanente até o fim do movimento dos caminhoneiros. O Estado tem tomado ações para preservar a biossegurança da atividade de avicultura e pecuária. Também foi dada a garantia de diálogo com os manifestantes, desde que sejam respeitados alguns limites.
“Temos problemas na pecuária, de sanidade animal. Há todo um processo muito complexo, como o abastecimento de presídios, entidades e hospitais. Enfim, todas as atividades decorrentes da natureza humana. E nos preocupa muito Santa Catarina. Esperamos uma solução rápida. Mas aquilo que é essencial ao catarinense nós vamos garantir, com certeza”, disse o governador.
Os presentes no encontro também salientaram que aguardam por um desfecho rápido para a questão. Em caso de desabastecimento severo, o governador garantiu que há condições de intervenção, por meio das forças de segurança.
Presente na reunião, o secretário de Estado da Agricultura e Pesca, Airton Spies, informou que está em contato permanente com as agroindústrias que suspenderam os abates, mas que, apesar dos prejuízos financeiros momentâneos, a prioridade do governo é garantir que não haja riscos sanitários para os animais criados em Santa Catarina.