Em reunião com os prefeitos da Amrec, o secretário de Estado da Saúde, Acélio Casagrande, deu encaminhamentos para o início do serviço.
A Secretaria de Estado da Saúde vai dar suporte para que os municípios da Região Carbonífera (Amrec) consigam, em até 60 dias, colocar em funcionamento o Banco de Olhos de Criciúma, estrutura anexa ao Hospital Materno-Infantil de Santa Catarina (HMISC). O secretário de Estado da Saúde, Acélio Casagrande, trouxe para reunião com os prefeitos da Região nesta semana, a coordenação do SC Transplantes, que já começa a planejar o dia a dia de trabalho no local.
A Secretaria vai agilizar materiais e insumos, além de ceder o médico coordenador, um enfermeiro coordenador e a equipe de logística. O custo restante será rateado entre os municípios da Amrec, que ainda estudam a forma como poderão fazer o repasse ao Município de Criciúma, que por sua vez pagará o gestor do Banco, possivelmente o Instituto Desenvolvimento da Educação e Assistência à Saúde (Ideas), que já administra o HMISC.
Os municípios deverão contribuir com três técnicos de Enfermagem, um enfermeiro e mais um médico.
Tecido de qualidade
O que vai mudar para os pacientes do Sul com o funcionamento do Banco de Olhos de Criciúma, segundo o coordenador da Central SC Transplantes, Joel de Andrade, é que todo o tratamento da córnea coletada na Região será feito em Criciúma e não mais em Florianópolis.
“Com esta reunião na Amrec decidimos iniciar o planejamento executivo do Banco de Olhos de Criciúma, dentro da estrutura já montada no Hospital Santa Catarina, com responsabilidade técnica compartilhada entre médicos e enfermeiros de Florianópolis e de Criciúma. A principal mudança é que o tecido ocular será captado e processado em Criciúma. Até o momento as doações de córneas feitas em Tubarão, Criciúma e Araranguá são levadas a Florianópolis e processadas no banco de tecido ocular da própria Secretaria de Estado da Saúde, retornando para o Sul para transplantes. O que esperamos com o início do funcionamento do Banco em Criciúma é que aumente a qualidade do tecido, porque este tecido não vai ‘viajar’”, explicou.
Necessidade da estrutura no Sul
Apesar de a fila de espera por transplante de córnea não são tão expressiva em Santa Catarina, o coordenador do SC Transplantes lembrou que existe a necessidade de outro Banco, porque hoje, basicamente, a atividade está restringida a Joinville, no Hospital Municipal São José; a Florianópolis, num banco que funcionava no hospital e agora foi trazido para a Central de Transplantes; e um banco que está no Oeste.
“No Sul, o Hospital São José é hoje um dos hospitais que têm melhor perfil de doação no Estado”, salientou Andrade, ressaltando que com 30 doações por mês o Banco de Olhos de Criciúma terá equilíbrio entre receita e despesas.