A história do livro ESNOBES, de Julian Fellowes, se passa na Inglaterra e a maioria dos personagens são da aristocracia inglesa, pessoas que ainda mais do que dinheiro têm tradições que os fazem ficar separados da sociedade e se sentirem superiores. E é neste mundo que Edith Lavery, de 27 anos, se infiltra de uma forma totalmente natural, mas não tão desinteressada, apesar das resistências que enfrenta. Em uma visita ao casarão de uma família aristocrática ela conhece Charles Broughton, o Conde Broughton, e ele se interessa por ela. Jantar, namoro, casamento, tudo acontece como deveria ser. Apesar de não admitir em voz alta, casar com um homem rico e com uma posição social tão elevada parecia ser muito atraente para Edith.
A narrativa é de um homem conhecido de ambos, um artista, e que é envolvido diretamente para comemorar nas horas boas ou ajudar a resolver algum conflito. Edith não era a nora que a mãe de Charles queria e Charles não era tão inteligente e interessante como parecia ser, mas era um homem culto, honesto e que acreditava no amor e no casamento e seu estilo de vida, com tradições e rotinas, era muito atrativo.
Apesar de a história se passar nos anos de 1980, retrata costumes, códigos e regras não escritas de uma Inglaterra tradicional, que são preservados ao longo dos anos apesar de todas as evoluções em relação a preconceitos e diferenças sociais.
Só que depois de viver por um tempo casada desfrutando o que estava em seus sonhos isso não foi suficiente, o tédio foi mais forte em Edith e tudo o que sua sogra temia que poderia acontecer, realmente aconteceu. E quando Edith decide corrigir seu erro, isso se torna muito difícil e a ajuda vem de quem ela menos espera.
Este livro tem uma história leve e previsível, mas vale a leitura em um momento de descontração. Uma narrativa que flui sem esforço e que pode provocar dúvidas no leitor do lado de qual personagem ele realmente está.