Decidi ler o livro Eu Escolho Ser Feliz por dois motivos, por ser de uma criciumense e porque tive a certeza que Susana Naspolini teria algo a me dizer nesta obra depois de ter passado por tanta dificuldade e seguiu em frente com alegria. E assim fiquei sabendo que esta jornalista teve câncer quatro vezes e perdeu o marido ainda jovem, quando sua filha era criança. E o mais importante, eu soube rapidamente como ela encarou tudo isso e como pequenas atitudes e a fé podem fazer com que seja possível carregar o fardo tão pesado.
Repórter da TV Globo no RJ, Susana tem uma filha já adolescente e seu primeiro diagnóstico de câncer foi aos 18 anos. O quarto diagnóstico foi em 2016 e depois de curada continua trabalhando com o que mais gosta, o jornalismo.
O livro Eu Escolho Ser Feliz não tem drama, não tem desespero, tem o sofrimento, a luta pela cura, a importância da família, as amizades dando força e ajudando no que é possível, mesmo que seja um simples telefonema. Nesta trajetória de dificuldades, Susana trocou a pergunta “por que eu?” para “por que não eu?” e assim sua visão da doença mudou de perspectiva.
Ela deixa claro que não é fácil. Dores físicas e emocionais estão sempre presentes, mas a forma de encarar o problema é o diferencial na luta contra o câncer. Susana ensina que a vida é boa, que a felicidade está em pequenos fatos, pequenas coisas, no dia a dia. E também confirma algo muito importante, que descobrir o câncer no início há grande chance de cura. Eu Escolho Ser Feliz atingiu minha expectativa não como história, mas como forma de encarar a vida, que acredito ter sido o objetivo da autora.