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Andreza de Oliveira

Eli Heil: a Artista “Imaginária”

andreza de Oliveira

Nascida na Barra do Aririú, em Palhoça no ano de 1929, Eli Malvina Heil a artista que “vomitava criações”, como  se auto declarava, era autodidata, foi  pintora, escultura, poeta e ceramista. Era formada em educação física e iniciou sua carreira artística aos 30 anos.  Sua tragetória  surgiu depois de um período de 5 anos enferma, onde segundo a própria artista  ficou gestando o seu trabalho. Suas obras tem ligação com a vida, com sentimentos, com nascimento, com a morte e com renascimento. Considerava suas obras como se fossem filhos e por isso ficou muitos anos sem vender nenhum trabalho.

Através de suas criações Eli Heil exteriorizava sua imaginação, buscou a cura para  suas dores.  Ao contemplarmos suas obras é possível sentir o apelo visceral que transcende suas telas e esculturas e que despertam os mais variados sentimentos no observador. Um universo repleto de seres inimagináveis para pessoas comuns, os”adoráveis mostrinhos que não fazem mau a ninguém” dizia Eli, mas que eram totalmente possíveis de serem representados por sua criadora.

Em seu trabalho animais e pessoas ganham deformações e multicores que encantam, instigam,  e que exitam o olhar, a curiosidade humana. Um trabalho difícil de ser classificado dentro de algum estilo. Alguns estudiosos da arte tentaram classificar como: expressionista,  primitiva, surrealista, pop art; arte incomum, mas Eli intitulou-se artista imaginária, pois imaginava a obra e a realizava, independente de sua classificação acadêmica; fato certo é que imaginação não faltava para esta mulher que ganhou o mundo com sua arte e expôs em diversas bienais  e em museus na Europa.

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No processo criador de suas obras usava os mais variados materiais: latas, papeis, madeira, até saltos de sapatos, cimento, troncos de árvores, tudo que fosse possível de ser  tranformado em arte e isso era agregado à muita tinta e muita cor, dando forma à sua imaginação infinita.

Em 1987 Eli heil inaugurou um espaço permanete de exposição do seu trabalho, localizado em Santo Antonio de Lisboa, em Florianópolis. Um local que abriga inúmeras esculturas, telas e um presépio nada comum, contam-se mais de 400 peças somente nesse local. O museu é aberto a visitação pública e tornou-se um valioso espaço de arte para nosso estado.

Aos 85 anos comemorou seu aniversário com uma grandiosa exposição artística no Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), festejando 53 anos como artista plástica. Foram exibidas mais de 160 obras, entre pinturas e desenhos.

Encerro o texto com sua frase: “põe o cérebro na mão e faz tudo o que queres.” Grande mestra da imaginação, Eli heil morreu no ano de 2017, aos 88 anos, deixando um forte ensinamento sobre criatividade, liberdade e transformação.

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“Curral”, 1964, Eli Heil, fonte aqui.

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“Jorra coração”, 1981, Eli Heil, fonte aqui.

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Eli Heil, fonte aqui.

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Eli Heil, fonte aqui.

Referências

ABELLO, Sandra Margarette. Eliziane Baggio. O pulsar da cor na arte de Eli Heil. Unoesc & Ciência. Joaçaba, v. 7, n. 1, p. 79-92. jan/jun. 2016. Disponível aqui. Data de acesso: 28/03/2018.

BOPPRÉ, Fernando. Eli Heil: a cabeça vazada que reinventou o mundo. História Catarina. Santa Catarina, n. 57, p. 58-61. 2013.

MACÁRIO, Carol. Eli Heil, uma das mais importantes do Brasil, mostra obras inéditas no masc. Diário Catarinense. Data: 10/12/2014. Disponível aqui. Data de acesso: 02/04/2018.

BARBOSA, Claudia. Pelas ruas da minha Cidade. TV Câmara. Florianópolis. 2010.


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