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ELEIÇÕES 2020 – Conheça os pré-candidatos a prefeito de Forquilhinha: Maciel Da Soler (PDT)

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Desde a última segunda-feira, 24, por sete dias, todos os pré-candidatos à prefeito de Forquilhinha para as eleições 2020 estão tendo um espaço, nesta coluna, para expor suas ideias iniciais e posicionamentos a respeito de diversos temas de interesse público.

As perguntas foram criadas por esta colunista e a ordem das publicações foi definida por sorteio.

O quarto pré-candidato a ter suas propostas elencadas é o representante do PDT, Maciel Da Soler.

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De forma geral, qual a proposta do pré-candidato para as próximas eleições? Por que decidiu colocar seu nome à disposição?

Maciel Da Soler: Iniciei minha caminhada política em 2016 com a intenção de participar mais ativamente das discussões que envolvem segmentos importantes da cidade e que refletem diretamente na vida de cada cidadão. Como vereador fiz o que pude, mas muito, pra não dizer quase tudo, daquilo que queria não consegue-se fazer através do legislativo. Neste sentido com a cabeça cheia de idéias e com muita vontade de trabalhar precisamos estar no executivo para em primeiro lugar implantar um novo ritmo de trabalho, em segundo lugar colocar pessoas certas nos lugares certos e em terceiro lugar fazer uma gestão que coloque as pessoas (todas elas) em primeiro lugar.

Em meio à crise econômica que se fortalecerá nos próximos anos por conta da pandemia do novo coronavírus, como alavancar o desenvolvimento econômico (comércio e indústria) do município, evitando a dependência de grandes empresas?

Maciel Da Soler: Ao mesmo tempo que muitas empresas se atrapalharam, muitas outras surgiram, não podemos nos apegar no que deu errado, precisamos ver o que deu certo. Precisamos criar alguns ambientes na cidade que ainda não existem, iniciando pelo ambiente de inovação. Precisamos atrair investimentos mostrando a cidade como diferencial, tem muita gente investindo, tem muita empresa abrindo, e porque não essas empresas virem pra Forquilhinha? Temos aeroporto, temos uma linha férrea ainda em funcionamento com ligação direta pro porto de Imbituba, temos ligação com a BR 101, temos uma cidade super segura, temos mão-de-obra em abundância, temos agua, temos energia de qualidade e com bom preço. Basta mostrar isso para os 4 cantos do Brasil.

Na mesma linha da pergunta acima, como vocacionar a economia de Forquilhinha para gerar mais emprego e, consequentemente, renda para a cidade?

Maciel Da Soler: Forquilhinha já tem algumas vocações. O agronegócio aqui é forte, e pode melhorar ainda mais. Vejo ainda pequena a atuação das cooperativas que podem ajudar muito neste aspecto. Existem grandes empresas aqui, sera que nenhum fornecedor dessas empresas, se interessa em estar perto de seus clientes? Vamos mapear quem são e tentar trazê-los para a cidade. Vamos na câmara Brasil-Alemanha, Brasil-China, saber que tipo de empresas querem vir para o Brasil e tentar atraí-los pra cá.

Precisamos saber vender bem nossa cidade. O comércio de Forquilhinha tem feito o seu papel, mas ainda pode melhorar. Esse está sendo um ano difícil para esse segmento. Mas tennho certeza que vai se recuperar e vai reinventar como sempre fez em todas as outras crises. O poder público municipal pode focar mais no comércio e na indústria local também, existem modalidades de licitação hoje que permitem priorizar as empresas locais e essa prerrogativa precisa ser mais usada para que o dinheiro fique aqui.

Responsável por boa parte da movimentação econômica de Forquilhinha, a agricultura muitas vezes acaba desassistida, principalmente no meio familiar. Quais os projetos para o setor?

Maciel Da Soler: Esse é um setor que precisamos estar mais atentos. O setor agrícola de Forquilhinha produz 100 mil toneladas de alimentos por ano. Tem pouco mais de 13 mil hectares cultivados. Precisamos enquanto poder público manter nossas estradas de acesso ao interior sempre em ótimas condições, e isso é possível fazendo um cronograma mensal, precisamos de uma secretaria de agricultura pró-ativa e não aquela que fica esperando o agricultor vir pra pedir alguma coisa, precisamos assessorar tecnicamente o produtor rural e nisso também vejo necessária a participação das cooperativas, que hoje desempenham um papel fundamental mas ainda incipiente para garantir ao produtor que seu produto será valorizado e comercializado de forma justa.

Uma assistência técnica mais forte fará com que a produtividade melhore, principalmente naquelas pequenas propriedades que hoje talvez nada produzem. Olha a importância que a produção de alimentos está tendo neste momento. Temos vários filhos de agricultores que já perceberam o quanto trabalhar na agricultura está sendo rentável, mas precisamos ainda mais de jovens que pensem assim.

Forquilhinha fez alguns financiamentos que precisarão ser pagos nos próximos anos. Como investir em infraestrutura no município, sabendo que uma parte considerável de recursos precisará ser empenhada no pagamento desses financiamentos?

Maciel Da Soler: Só há uma forma de fazer isso, mais uma vez firmar a parceria com os parlamentares, e com os governos estadual e federal para que as emendas sejam direcionadas para esse setor. E claro que a outra forma de fazer isso é firmar parcerias público-privadas buscando como contra partida das empresas e dos loteadores por exemplo, algo sempre ligado a infra-estrutura. Devemos também obrigatoriamente diminuir o tamanho da máquina e investir naquilo que traz retorno, tem várias obras que deveriam ter sido feitas para preparar a cidade pro futuro e no entanto vimos muitos recursos sendo investidos em locais que não terão essa finalidade.

Projetos como um hospital para a cidade, atendimento 24 horas e a realização de cirurgias eletivas, por exemplo, estão sempre entre as propostas dos candidatos, eleição após eleição. São seus projetos? Como viabilizá-los, para que realmente possam sair do papel?

Maciel Da Soler: Antes de ter um hospital precisamos resolver nossos problema na atenção básica e no pronto atendimento. Não podemos ver as pessoas esperarem tanto pra resolver um problema. Espera pra consulta, espera pro exame, espera pro retorno, espera pelo tratamento ou pela cirurgia. Hoje precisamos usar o recurso naquilo que é mais necessário. Existem muitas ferramentas para que as pessoas não fiquem acordando de madrugada para ir num posto de saúde, temos empresas prontas para fazer convênios atrativos pra realizar nossos exames, temos um projeto de lei aprovado que permite o municipio pagar um complemento da tabela SUS para realizar cirurgias, e hospitais e profissionais dispostos a fazer essas cirurgias. Acredito que isso vem em primeiro lugar.

O pronto atendimento precisa realizar os exames de iamgem e laboratoriais ali mesmo, e não há necessidade do municipio investir nisso, temos empresas parceiras pra isso. E se o municipio precisar investir nisso qual o problema? Tem cabimento o SAMU por exemplo atender um acidente e ter que levar o paciente em Criciuma só porque no pronto atendimento não há essa condição? Quantos atendimento o SAMU deixa de fazer só por esse motivo, só por esse tempo que ele gasta pra isso? Essa demora pode ser fatal. A discussão sobre ter ou não um hospital vem depois disso.

Por muitos considerada como modelo na educação das fases iniciais, Forquilhinha ainda precisa melhorar o ensino oferecido a partir do Ensino Fundamental II, Médio e Técnico. É possível que o Governo Municipal se envolva nessas questões? Como?

Maciel Da Soler: Como vereador procurei estar sempre muito perto das questões ligadas a educação, fizemos até alguns projetos que foram premiados a nível estadual e desde já agradeço a secretária de educação municipal e todas as diretoras, adjuntas, coordenadoras e professoras que nos receberam tão bem em suas escolas. Mas acho que o desafio do próximo gestor de Forquilhinha é realmente integrar melhor o ensino fundamental I e II. Talvez até iniciar a discussão para tornar de responsabilidade municipal o ensino até o 9° ano, deixando para o estado a responsabilidade do ensino médio.

Assim podemos nos aprofundar melhor e entender porque talvez não estamos entregando um adolescente melhor, um jovem mais preparado para a vida e para o mercado de trabalho. Isso também tem haver claro com aquela educação recebida dentro de casa, mas precisamos buscar sempre melhorar. Algo que podemos discutir é a aplicação do ensino integral nos locais que mais precisam, e logo após ampliar isso a medida que a estrutura vai comportando. Não existe fórmula pronta para a educação porque o ser humano mudou muito ao longo dos anos, e não está fácil entender tudo e todos. Temos ótimos profissionais no quadro municipal que querem e vão contribuir nessa discussão.

O tamanho da máquina pública é alvo de muitas reclamações, e em Forquilhinha não é diferente. Reduzir o número de cargos comissionados na Administração Municipal é um dos projetos do pré-candidato para os próximos quatro anos, caso eleito?

Maciel Da Soler: A avaliação do organograma de cargos municipais é a primeira coisa que o novo gestor deverá fazer. Tudo bem que os serviços municipais foram aumentando ao longo dos anos, porém isso foi muito usado como argumento para o aumento de funcionários no quadro. Mas agora não dá pra engolir mais essa história. Discutimos desde o incio deste mandato que algumas secretarias, funções e serviços deveriam ser unificados, mas infelizmente o atual modelo de gestão não permite que se faça o certo.

Temos ótimos servidores no quadro que poderiam inclusive estar acumulando essas funções. Em resumo, não precisamos de 11 secretários municipais e nem de 130 ou 140 cargos comissionados. Isso é fato, mas só vai conseguir fazer isso quem prega outro modelo de gestão.

O município é bastante conhecido por suas escolinhas esportivas. Ainda assim, é possível ampliar o acesso ao esporte, principalmente às crianças e jovens? Como?

Maciel Da Soler: Claro que podemos ampliar. O municipio pode ter quantas modalidades quiser. Existem hoje várias associações que representam as modalidades, e tendo o projeto certo, poderemos buscar diversas fontes de recurso para ajudar a compor os gastos com o esporte. Hoje temos aqui associação de futsal, de volei e poderiam ter outras. Uma que devemos ter obrigatoriamente é de atletismo, porque é lá na escola fazendo atletismo que as crianças desenvolvem sua coordenação motora, seus dons, e se exercitam de forma orientada buscando a saúde em primeiro lugar.

Quais medidas efetivas precisam ser tomadas, para que Forquilhinha pare de ser lembrada apenas como a cidade da Heimatfest e seja realmente inserida nos roteiros de turismo do Sul de Santa Catarina?

Maciel Da Soler: Primeiro assumir a sua identidade de uma vez por todas, porque isso vai ser o grande diferencial turístico, que vai atrair o turista e por consequencia o investimento privado em turismo. Não são grandes eventos que atraem o turista e sim o diferente. As pessoas querem viver experiências diferentes e estão prontas pra investir nisso. Várias rotas vão passar por aqui agora com as pavimentações da Rod. Jacob Westrup e com a serra da Rocinha.

Podemos fazer um turismo de passagem, mas não podemos ser somente uma cidade de passagem. O embelezamento constante da cidade é necessário. As obras de ciclovias e calçadas são obrigatórias e parte delas deveria ter sido feita com o dinheiro desse financiamento e infelizmente como vereador não fui ouvido nesse sentido.

Considera a cultura um setor importante a ser fortalecido em Forquilhinha? De que forma?

Maciel Da Soler: Cultura é um setor importantíssimo, resgatar nossas tradições para valorizá-las. Precisamos de uma história por trás de um monumento para respeitá-lo e querer conhecê-lo. Precisamos de atividades culturais, artísticas para servir como entretenimento para adolescentes e jovens, e isso os tira da rua e os faz refletir e formar bons grupos de discussão. Nos faz pensar, nos faz querer algo melhor. Cultura começa na escola, algo precisa ser retomado em relação a isso lá dentro da sala de aula. Mas primeiro precisamos entender as diversas formas de cultura que existem hoje e aplicar aquela que mais combina com cada idade.

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O sorteio definiu a seguinte ordem para as publicações:

  1. Carlos Nola (PSL): segunda-feira (24/08);
  2. Vanderlei Alexandre (PP): terça-feira (25/08);
  3. José Cláudio Gonçalves, o Neguinho (PSD): quarta-feira (26/08);
  4. Maciel Da Soler (PDT): quinta-feira (27/08);
  5. Juliano Arns (PODEMOS): sexta-feira (28/08);
  6. Félix Hobold (PT): sábado (29/08);
  7. Geovane de Godoi (PL): domingo (30/08).


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