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Educação

EEB José Aléssio é classificada para semifinal estadual da Olimpíada de Língua Portuguesa

EEB Jose Alessio Olimpiadas 01

Estudantes, professores e direção da EEB José Aléssio, do Bairro Cidade Alta, em Forquilhinha, comemoram classificação na semifinal estadual da 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa (OLP) do programa nacional Escrevendo o Futuro, resultado de muito trabalho e dedicação. Mesmo com todas as adversidades vividas com a educação nos últimos anos, a professora Dagma Tatiane Barbosa Marcelino conseguiu trabalhar com os alunos do 5º ano o gênero poema, com base no tema: “O lugar onde eu vivo”. Os títulos classificados são: “Meu bairro imperfeito”, do aluno Kelvin Fernandes e “O meu bairro”, da aluna Rafaeli Cardoso Arcenio.

A professora explicou que, quando a escola aderiu a participar das Olimpíadas de Língua Portuguesa, algumas indagações a inquietavam. “Como fazer com que o aluno volte a se interessar pela leitura? De que forma o incentivar a produzir o gênero proposto? Estaríamos preparados para enfrentar um desafio tão grandioso, como os da Olimpíadas de Língua Portuguesa?”, lembra.

Diante das dúvidas, a educadora buscou apoio para enfrentar os percalços de uma aprendizagem “defasada” e tentar superá-la para alcançar o objetivo almejado, rumo às Olimpíadas, só que, de Língua Portuguesa. “Na sala de aula, conversei com a turma a respeito das Olimpíadas. Senti a necessidade de resgatar a leitura e coloquei uma mini estante com diversos gêneros de diferentes autores. Assim, começou o nosso momento de leitura. A biblioteca começou a ser requisitada. Acredito que o primeiro objetivo foi atingido: o de despertar o interesse dos alunos no universo literário”, comenta.

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Sendo assim, Dagma repensou algumas estratégias da aprendizagem. “Depois de tantas idas e vindas do refazer a caminhada da produção do gênero reescrevendo-as, ao qual, cada um explorou o tema de pontos de vista diferentes para a elaboração do seu poema. Neste instante, percebi o momento mágico, pois, cada estudante, com diferentes olhares, da releitura do tema: “O lugar onde eu vivo”, deu vida ao seu poema. Assim, conseguiram por meio do gênero, transcender os muros da escola, com a sua realidade”, conta.

A coordenadora pedagógica Jucilane da Silva, destaca que trabalharam bastante para a realização da etapa municipal em Forquilhinha. “Num ano de enfrentamento de sistema pandêmico nós trabalhamos para participar da 7ª Olimpíada de Língua Portuguesa e tivemos toda uma prática acentuada com o envolvimento de todas as turmas, para a produção textual de dois poemas por turmas. A performance para a participação deste ano veio um pouco mais intensa, exigindo mais do professor com toda a pesquisa com os alunos para desenvolverem um roteiro”, explica.

Por isso, foi um trabalho intenso com a mobilização de todas as crianças e foi nobre, por parte do professor, que abraçou em se planejar. “Nós nos empenhamos ainda dentro deste cenário e enquanto secretaria municipal e as escolas abraçaram todo esse desempenho. A classificação da EEB José Aléssio é o reconhecimento da professora, da direção da José Aléssio, mas também é mérito da criança chegar à fase final. É um momento de reconhecer o potencial da criança enquanto se expressa, constrói e também o trabalho desenvolvido em sala de aula”, finaliza.

Poemas

Meu bairro imperfeito (Kelvin Fernandes)

 

Meu bairro é mal cuidado,

pela comunidade,

mas tirando isso,

Ele me traz felicidade.

 

O meu bairro tem escolas,

igrejas e minas,

e nas ruas os postes

que o ilumina.

 

No meu bairro

se não tivesse poluição

com a ajuda de todos

conseguimos a solução.

 

Tenho orgulho desse bairro,

ao qual eu cresci,

da cidade de Forquilhinha, onde

nasceu Zilda Arns, a mulher

que fez muitas crianças sorrir.

 

Este é o meu bairro; Cidade Alta,

mesmo com todos seus defeitos

esse é o meu bairro imperfeito.

 

O meu bairro (Rafaeli Cardoso Arcenio)

 

O bairro Cidade Alta

tem um rio em volta,

o majestoso rio Sangão…

 

Mas, chegou a poluição

envenenando os peixes

e que sem a mínima noção,

matou aos poucos o rio Sangão.

 

O rio Sangão para todo era alguém,

porém com o tempo ele passou a ser ninguém,

de uma agua cristalina com peixes a nadar

virou um rio com água escura e lixo a boiar.

 

Em volta do rio só tem mata, algumas

árvores e casas.

Quando rio enche, é só inundação

não tem casa, nem rua, nem chão!

 

O rio me dá pena com toda

Poluição, o bairro é pura sujeira,

seja a da ganancia e destruição.

 

A tristeza toma conta deste lugar

a pobreza, da sociedade me leva a chorar;

pois a felicidade parece que aqui não vai

chegar se ninguém colaborar.

 

Aqui em mercado, tem bar,

tem campo para se jogar.

Tem escola, creche, mas com a pobreza,

tem gente se estudar e sem onde morar.

 

O bairro Cidade Alta

Pertence a um lindo lugar,

o município de Forquilhinha,

de cultura germânica e de pessoas a batalhar.

 

Espero que as autoridades eleitas

ajudem a erguer campanhas

para salvar o rio e meu bairro

de tanta decepção.

Seja para mim, para você ou para a nação.

Redação – Cris Freitas


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