Não importa se o Criciúma vai ou não ficar com uma das vagas na final do Campeonato Catarinense. Não importa mesmo! O Tigre já está no lucro pelo que produziu até agora no estadual.
Antes de a temporada iniciar, era improvável pensar que o time carvoeiro chegaria até a última rodada do turno pensando em bater a Chapecoense para garantir presença na decisão. E com razão! O jovem elenco e o começo titubeante mostravam isso. Além disso, uma simples vitória do time do Oeste do Estado na 8ª rodada já carimbava o título do verdão. Ela não veio e o Tigre chega vivo, mais longe do que imaginava chegar.
É óbvio que o Criciúma não chega como favorito. Estamos falando de um adversário que está invicto no ano, que não sofre gols desde a quarta rodada e que dos últimos dez jogos em casa, venceu seis (incluindo times como Inter, River Plate e Palmeiras). O Tigre precisará fazer dois gols em um time que tomou três no ano todo até agora.
É bom ver, ao menos, que o Criciúma está com os pés no chão e reconhecendo que vai ter de correr atrás se quer algo nesse turno. Diferente das entusiasmadas declarações do técnico Roberto Cavalo há algumas semanas – quando disse que o Tigre estaria “com a mão na taça” – os jogadores pregam cautela e reconhecem que o grau de dificuldade é alto.
A chave do jogo para o Criciúma está na defesa e na forma como a Chapecoense vai se comportar. O Tigre é um time reativo, que se comporta bem roubando a bola e agindo em seguida. Não é de sua natureza se defender e não ter proposta ofensiva – como aconteceu contra o Atlético/PR. Se conseguir segurar a Chape, mas ter uma saída para o ataque, pode vencer. Foi assim que triunfou contra o Figueirense, por exemplo.
Somente uma derrota acachapante e que desnorteia qualquer adversário que pode tirar a conclusão de que o Criciúma está no lucro com o desempenho obtido até agora. É um curto caminho, mas com bons indícios para o futuro.