O número de casos do Coronavírus diminuiu novamente na China, mas aumentou em outros países. Isso faz com que a aversão ao risco se manifeste entre os investidores mundo a fora. O dólar valorizou-se frente a maioria das moedas. Esta onda de incerteza ocorre devido ao avanço do número de casos do Coronaviírus pelo mundo. No Brasil, o dólar alcançou a marca dos 4,39, batendo máxima histórica frente ao Real.

Isso indica novas intervenções do Banco Central do Brasil no mercado com o objetivo de segurar a sua cotação. O fato é que quando acontece qualquer sinal de perigo, os investidores buscam no dólar o seu refúgio. Se por um lado uma taxa de câmbio elevada faz a festa entre os exportadores, na mesma medida eleva os custos para os importadores e no final das contas, nós os consumidores é que acabamos efetivamente pagando a conta.

Prévia da inflação de fevereiro é a menor para o período desde o início do Plano Real

O IBGE divulgou na quinta-feira, 20 de fevereiro, o IPCA-15, que é uma prévia da inflação. Os dados apontam para inflação de 0,22% em fevereiro, indicando uma inflação de 4,21% nos doze últimos meses. Este valor ainda está acima da meta de inflação do governo que é de 4% ao ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo da meta.

Houve queda de preço nos grupos de carnes (-5,03%), roupas (-0,83%) e produtos de higiene e cuidados pessoais com queda de 0,29%. Também contribuiu para a queda do índice de inflação a energia elétrica, com redução de 0,12% em função da entrada em vigor da bandeira tarifária verde.

Já pelo lado do aumento de preços, os grupos que mais contribuíram foram gastos com educação (+3,61%), despesas pessoais (+0,31%) e transportes (+0,20%). Os preços que compõem o IPCA-15 foram coletados entre 15 de janeiro e 11 de fevereiro de 2020 entre famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos mensais em regiões metropolitanas e nas cidades de Brasília e Goiânia.

CONAB estima produção de grãos em 251,1 milhões de toneladas para a safra 2019/2020

A CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento apresentou dados no seu Boletim “Acompanhamento da safra brasileira – Grãos, número 5 de fevereiro de 2020 a estimativa de produção total de grãos em 251,1 milhões de toneladas, com incremento de 9,8 milhões de toneladas.

O crescimento foi de 3,8% em relação à safra 2018/2019. A área cultivada atingiu 64,8 milhões de hectares, com acréscimo de 2,5% em relação a área plantada no ano anterior. O arroz apresentou um decréscimo de 1,1% na área cultivada e espera-se uma produção de 10,5 milhões de toneladas.

O milho também teve sua área de cultivo aumentada e a produção total das duas safras deve passar dos 100,5 milhões de toneladas. A agricultura brasileira está entre as mais competitivas do mundo, devido ao emprego de tecnologia pelos agricultores.

Arrecadação de impostos federais em Janeiro bate recorde e atinge 174,9 bilhões

Janeiro apresentou uma arrecadação de 174,991 bilhões de reais em impostos federais. Houve um acréscimo de 4,69% em relação ao mesmo mês do ano de 2019, já descontada a inflação. Isso significa dizer que o Leão abocanhou mais recursos do bolso da população no período.

As receitas controladas pela Receita Federal somaram 163,948 bilhões e as receitas controladas por outros órgãos somaram 11,043 bilhões. Caso a arrecadação continue aumentando, espera-se que o Governo consiga diminuir o endiviidamento público, que hoje chega na casa dos 4,2 trilhões de reais, o que corresponde a mais de 80% do PIB do país.

Entrega da declaração de imposto de renda inicia em 02 de março

A receita Federal do Brasil já disponibilizou os programas para download e a partir do dia 02 de março inicia o recebimento das declarações. Estão obrigados a fazer a declaração todos os contribuintes que tiveram rendimentos tributáveis superior a R$ 28.559,70 ou quem auferiu renda bruta superior a 142.798,50 na atividade rural.

Também estão obrigados a declarar os residente no Brasil, que em 2019 se enquadraram nas seguintes situações: a) receberam rendimentos isentos , não tributáveis ou tributados na fonte com valor superior a 40 mil reais; b) Tiveram ganho de capital na alienação de bens ou direitos ou fizeram operações em bolsa de valores; c) queiram compensar prejuízos com a atividade rural em anos anteriores; d) Tiveram em 31 de dezembro, posse de bens ou direitos superiores a R$ 300 mil; e) passaram à condição de residentes no Brasil, permanecendo nesta condição até 31 de dezembro; f) optaram pela isenção do imposto de renda incidente sobre ganho de capital na venda de imóvel, com valor da venda aplicado na compra de outro imóvel.

Se você se enquadra em alguma destas situações não perca tempo, pois o prazo final de entrega é 30 de abril e para quem entregar fora do prazo, a multa é de 1% do valor do imposto devido por mês de atraso ou o valor mínimo de 165,74.

Por que investir em Bolsa de Valores ainda é um tabu no Brasil?

Para nós brasileiros, investir em bolsa de valores é algo desconhecido. Segundo os números atuais da B3 ( Bmf Bovespa), apenas 1,1 milhão de pessoas físicas investem no mercado de ações. Isso representa menos de 1% da população, Nos Estados Unidos por exemplo, este número ultrapassa os 50%. Investir em ações é empreender sem ter que construir uma empresa propriamente dito. Ao comprar ações, o investidor torna-se sócio da empresa e passa a ter possibilidade de ganho de duas maneiras.

A primeira diz respeito ao desempenho da própria empresa, que ao auferir lucro, distribui parte para os seus acionistas sob a forma de dividendos, os quais são isentos de imposto de renda. A segunda forma é por meio da valorização das próprias ações no mercado secundário. Esta valorização acontece de acordo com as expectativas dos investidores tem sobre o desempenho da própria empresa.

A taxa SELIC em 4,5% ao ano baliza o rendimento da maioria dos investimentos de renda fixa, os quais não tem sido atrativos. Assim, o mercado acionário se apresenta como opção para aumentar o rendimento dos investimentos. O Ibovespa teve ganhos em torno de 30% no ano de 2019 e as expectativas para 2020 são excelentes.

Porém, investir neste mercado exige conhecimento e para iniciantes, o recomendado é que procurem assessoria de investimentos com profissionais credenciados e capacitados para esta atividade. No mais, bons investimentos.

Petrobrás: da derrocada ao lucro histórico

Um resultado surpreendente. Esta foi a percepção dos investidores da Petrobrás ao ser divulgado o balanço do ano de 2019, o qual apresenta um lucro de 40,1 bilhões de reais. É o melhor resultado individual de uma empresa de mercado aberto durante um ano em todos os tempos. Depois de amargar prejuízos por sucessivos anos até 2018, finalmente a gigante do petróleo entrega um resultado fantástico para seus acionistas.

Isso ocorreu em função das mudanças na gestão, venda de ativos, crescimento da produção, diminuição do custo de produção e custo de capital mais baixo em virtude da melhoria do seu rating junto às instituições financeiras. A produção bateu atingiu a casa dos 3 milhões de barris de petróleo por dia e o custo médio de produção foi de 8,22 dólares por barril, 205 abaixo dos 9,80 dólares projetados por barril.

Porém, a companhia ainda apresenta um endividamento de 317 bilhões de reais, o que a coloca entre as mais endividadas do setor a nível mundial. Segundo a empresa, “Avanços foram realizados, mas estamos ainda muito aquém do desejado. A Petrobras continua a ser uma das companhias de petróleo mais endividadas do mundo, com dívida bruta de US$ 87,1 bilhões, alavancagem acima do recomendável para uma empresa de petróleo e custos elevados”, destacou Roberto Castello Branco, presidente da empresa, no release de resultados.

A empresa pagará dividendos totais de 10,6 bilhões de reais aos acionistas, o que corresponde a R$ 0,92 por ação preferencial e R$ 0,73 por ação ordinária. Para quem pensa em investir em ações, a Petrobrás apresenta-se como uma boa alternativa.