O empate por 1 a 1 com o Atlético Goianiense, na tarde do último sábado, 11, confirmou o que já era esperado antes dos 90 minutos: o resultado diante do time rubro-negro seria o divisor de águas para o Criciúma na Série B. Se uma vitória poderia confirmar a boa fase e alavancar o Tigre para a disputa pelo acesso, motivado por uma vitória contra uma equipe que está lá em cima, o empate pode até não desmobilizar, mas mostra que a briga dos carvoeiros será, no máximo, por posições intermediárias.
O resultado de 1 a 1, entretanto, não foi apenas divisor de águas na questão tabela de classificação. A forma como a equipe se comportou, somada a maneira como arrancou o empate, com um chorado gol aos 50 da etapa complementar, também significam como um divisor de águas para a maturidade do time.
Durante algum tempo, nos acostumamos a ver um Criciúma passivo e incapaz de fazer frente diante de equipes mais fortes. Mesmo tendo apenas empatado, vimos um time competitivo, que em momento algum se intimidou diante de um adversário mais qualificado e que, inclusive, finalizou mais que os goianos (segundo o Sofascore, foram 16 finalizações contra 12), com mais da metade dos chutes de dentro da área e acertando dois arremates na trave. Tudo isso trocando menos passes (347 contra 369) e tendo menos posse de bola (49%51).
O Criciúma hoje já é um time mais encorpado e maduro em relação ao que era na chegada de Mazola Junior. Aparentemente, será insuficiente para chegar ao acesso. Os pontos somados nas últimas rodadas foram contra adversários na luta contra o rebaixamento e a necessária vitória sobre o Dragão virou um empate que, no frigir dos ovos, mais ajudou lá embaixo do que lá em cima.
Foi um divisor de águas para colocarmos os pés no chão quanto as pretensões do time, mas, da mesma maneira, de reconhecer os méritos do desempenho de uma equipe que parece cada vez mais distante da terceira divisão.