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Economia

Na diversidade econômica, a fórmula de recuperação do crescimento

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Apesar do fim da mineração no município, demais setores vem se fortalecendo e contribuindo para o desenvolvimento de Forquilhinha.

Com o passar dos anos, aos poucos, a mineração foi diminuindo sua participação na arrecadação de Forquilhinha, até chegar ao ponto atual, em que praticamente zerou sua contribuição econômica para os cofres públicos. Diante da situação, precisou-se buscar novos caminhos. E foi apostando na diversidade econômica dos setores industrial, comercial e agropecuário que o município encontrou a saída para se recuperar financeiramente.

“Durante anos o carvão se manteve no topo, como carro chefe da arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o conhecido ICMS. No entanto, com o fechamento gradual das minas, de uns quatro ou cinco anos para cá, essa participação foi baixando, até praticamente não existir mais. Hoje, a arrecadação de Forquilhinha com a mineração é quase zero. Assim, tivemos que procurar outras formas de ter retorno, para não estagnar o desenvolvimento do município”, conta o secretário de Administração e Finanças, Ademir Brandieli Pedro.

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A indústria como carro chefe

Energia elétrica de qualidade e com um dos preços mais baixos do mercado; mão de obra em quantidade e qualidade à disposição; espaços para abrigar grandes estruturas; disponibilidade para manter segmentos diferenciados; e proximidade com as rotas de escoamento de produção, como a BR-101. São estes alguns dos principais pontos que fazem de Forquilhinha, atualmente, uma das cidades do sul catarinense mais lembradas quando o assunto é instalação de novas empresas e indústrias na região.

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O Núcleo Industrial do Bairro Vila Lourdes é um dos maiores do município

Atualmente são 11 núcleos instalados em Forquilhinha, abrigando 40 indústrias. Além disso, de forma geral, são 1450 empresas atuando na cidade e mais 431 comércios, conforme dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

“Ponto principal e bastante positivo é a diversidade de segmentos desses estabelecimentos que vem para o município, o que nos proporciona mais segurança e garantia de retorno em tempos de crises setoriais, por exemplo”, ressalta o secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Alberto Arns Filho.

 

Já existem núcleos industriais nos bairros Vila Franca, Santa Líbera, Ouro Negro, Santa Isabel, Vila Lourdes, Sanga do Engenho e Santa Cruz. “E temos outras empresas em lista de espera, aguardando apenas liberação de terrenos. Por isso, outras áreas estão em fase de negociação e preparação, para serem transformadas em novos núcleos industrias. Como é o caso de um espaço ao longo da Rodovia Jacob Westrup, que liga Forquilhinha à Maracajá”, completa Arns Filho.

Depois da “Era Mineração”

O presidente da Associação Empresarial de Forquilhinha (ACIF), Cláudio Tiscoski, lembra que o fim da mineração foi uma situação bem preocupante para o município, mas que ao mesmo tempo evidenciou a preocupação dos últimos governantes na obtenção de formas para que houvesse a substituição de receitas.

“Com as condições diferenciadas ofertadas para empresas que quisessem se instalar, foi possível trazer muitas organizações para nossa terra. Hoje, o município não é mais refém de somente um produto, e por ter essa diversidade na economia, o risco de uma queda brusca na receita se torna muito menor. Nossos empresários veem isso com muito bons olhos. Até porque em relação a outros municípios, podemos enxergar o crescimento forquilhinhense e o quanto ainda há para ser investido aqui”, garante Tiscoski.

Não que as diversas crises econômicas do Brasil e do Mundo não tenham atingido o município, pelo contrário. “Existiu, e ainda existe, tanto que o município também passou por problemas por conta disso. Mas ainda assim, conseguimos manter uma boa arrecadação nos últimos anos, graças a essa ação em específico realizada no setor econômico. É, e sempre vai ser, um trabalho incansável na busca por novas empresas e consequente aumento na arrecadação”, afirma Pedro.

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O secretário de Administração e Finanças, Ademir Brandieli Pedro

Futuro na tecnologia

Para os próximos anos, a meta de Forquilhinha é se fortalecer no setor tecnológico, através da busca de empresas do ramo que queiram se instalar na cidade. Como no caso da Indústria Brasileira de Gases (IBG), uma multinacional que utiliza o ar como matéria prima para produzir gases destinados os mais diversos setores, e que iniciou suas atividades no Bairro Santa Cruz em novembro de 2016.

“O reflexo de incremento para a economia será sentido somente nos anos de 2018 e 2019, mas a atuação da indústria em Forquilhinha já é uma grande vitrine, que queremos explorar. As empresas de tecnologia utilizam uma mão de obra mais qualificada e em menor quantidade, mas são o futuro de tudo e promessa de negócios bastante rentáveis. Por isso, estamos procurando reforçar os trabalhos de fortalecimento da participação nesse setor”, reforça o secretário de Desenvolvimento Econômico.

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O secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Alberto Arns Filho

No comércio, o desenvolvimento do empreendedor

Com 182 associados, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Forquilhinha é a 3ª CDL com maior número de membros da região, atrás apenas de Criciúma e Içara. É também uma das que mais utiliza consultas para vendas a crédito, alcançando a média de 4 a 4,5 mil pesquisas por mês.

Para o presidente da CDL Forquilhinha, Danny Warmling, tem se tornado cada vez mais evidente o crescimento que o comércio está alcançando. “Principalmente no que diz respeito às ampliações das lojas e ao aumento da variedade de produtos que são ofertados aos clientes. Hoje, os consumidores não precisam mais ir, obrigatoriamente, à Criciúma para encontrar diversidade, por exemplo, pois oferecemos muitas opções nos estabelecimentos comerciais da cidade”, argumenta.

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O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Forquilhinha, Danny Warmling (à direita) e o vice, Claver Donato Steiner (à esq.)

Diferente de outras cidades e regiões, ainda que com a crise econômica sentida nos últimos meses, o comércio do município tem conseguido registrar crescimento de 5% no número de vendas em relação aos anos anteriores. “Apesar dos pesares, estamos conseguindo crescer. E a projeção para o futuro está se tornando melhor. Já vislumbramos que o comércio começará a reagir neste ano, com retomada completa do crescimento em 2018. A expectativa é que, no ano que vem, consigamos crescer de 10% a 15%”, estima Warmling.

Por fim, o presidente da CDL ressalta o apelo para que o consumidor de Forquilhinha priorize e se mantenha comprando nas lojas da cidade, e que sempre solicite a nota fiscal dos produtos adquiridos, para que o município tenha o devido retorno.

“Assim, as melhorias virão também para onde moramos. Temos preço, qualidade e formas de pagamento facilitadas, ou seja, não tem mais desculpa para não comprar aqui”, define Warmling.

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A Avenida 25 de Julho, no Centro de Forquilhinha, é um dos principais pontos comerciais do município

A agropecuária mais que consolidada

Como setor bastante fortalecido e desenvolvido em Forquilhinha, as culturas que, unidas, mais impactam em termos de desenvolvimento econômico na agropecuária são a rizicultura, a produção de frangos de corte e de suínos e bovinos, o fumo, a criação de gado e produção de leite, e o plantio de milho, soja, feijão, hortaliças e frutas.

Segundo o extensionista rural da Epagri no município, Realdino Busarello, o agronegócio, sem considerar a parte de industrialização, já atinge em torno de 17% da arrecadação, com 14.810 hectares de área rural. A rizicultura, por exemplo, garante para a cidade a maior produtividade de Santa Catarina. São 9.850 hectares de arroz irrigado, com média de 140 a 150 sacas a cada dez mil metros quadrados plantados.

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Forquilhinha tem a maior produtividade de arroz irrigado de Santa Catarina, com 9.850 hectares plantados

Além disso, outro dado que chama atenção é que, para cada R$ 100 mil em notas de produtor rural registradas, em torno de R$ 21 mil retornam para o município como forma de arrecadação, em um período de dois anos.

“A safra de arroz deste ano foi considerada uma super safra, com aumento da produtividade em 23% em relação a 2016. Com isso, podemos dizer que somos um município agrícola por excelência”, argumenta Busarello.

Como pontos que contribuem para esse fator, o profissional elenca o bom posicionamento geográfico e a tradição rural cultivada há décadas. “E para o futuro ainda há muito o que crescer. É preciso melhorar cada vez mais a cadeia produtiva do leite e o cultivo de hortaliças e frutas, com fortalecimento de técnicas orgânicas, além de fortalecer a produção de flores e essências para paisagismo, que é um ramo novo e muito promissor”, finaliza.

Francine Ferreira
Áudios/Fotos: Willians Biehl


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