No Dia Nacional do Doador de Orgãos, lembrado nesta terça-feira, 27 de setembro, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital São José realizou mais uma captação.

Após sofrer um traumatismo craniano encefálico; a família da jovem de 19 anos, A.B.S.B., natural de Estação Cocal, optou por salvar outras vidas, autorizando a doação de órgãos. Foram captados da paciente, coração, fígado, rim e córneas.

“O momento é de muita dor, mas o ato dos familiares é de amor ao próximo. Uma decisão como esta certamente não é fácil para ninguém; mas saber que podem ajudar outras vidas, com certeza alivia a dor que estão sentindo”, enaltece Amanda Cândido, enfermeira do hospital, que faz parte da Comissão.

A confirmação da morte encefálica foi relatada na noite desta segunda-feira, 26, após todos os exames obrigatórios e necessários serem realizados.

Doação de Órgãos

A legislação brasileira estipula que, a captação de órgãos só pode ser autorizada pelos familiares até quarto grau de parentesco. Por isso, é importante que o assunto seja divulgado e discutido de forma incansável entre as pessoas, para que todas as dúvidas sejam esclarecidas, e para que desperte na população, a vontade de ser um doador, e o mais importante, que comunique a família sobre o desejo de se tornar um doador de órgãos.

Uma pessoa que teve constatação de morte encefálica pode doar coração, pulmão, pâncreas, intestino, rim, córnea, veia, ossos, tendão e pele.

“Hoje o processo de doação já é muito mais aceito pelos familiares, quando ocorre a morte encefálica. Em média, o processo até a captação de órgãos propriamente, demora cerca de 16h, devido ao receio de muitas pessoas. Mas o que impacta os familiares quando conversamos sobre a possibilidade de doar os órgãos do ente querido; é quando já sabem que a intenção daquela pessoa era ser um doador”, relata Daniela Luiz Coordenadora da CIHDOTT do São José.

Criciúma está em 9º lugar no Estado de cidade que mais capta órgãos. Este ano somente no Hospital São José foram abertos 26 protocolos de captação, com 12 famílias foram realizadas as entrevistas de esclarecimento, porém, apenas oito aceitaram e autorizaram a captação de órgãos.

Para realização deste procedimento, uma equipe de profissionais dos mais diferentes setores do hospital precisa estar envolvida. São profissionais do centro cirúrgico, sala de emergência (PS) e UTI´s, além dos serviços de apoio. Todo procedimento para captação de órgãos é realizado da mesma maneira e cuidado que qualquer tipo de cirurgia.

Os padrões de qualidade são mantidos, bem como a agilidade para a conclusão do processo.

Francine Ferreira – Kátia Farias