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No Dia Mundial de Combate à Hanseníase, a Vigilância Epidemiológica de SC reforça o alerta para o diagnóstico precoce e tratamento

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Em alusão ao Dia Mundial de Combate à Hanseníase, celebrado neste domingo, 31 de janeiro, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) faz um alerta à sociedade para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento da hanseníase.

A doença, infecciosa, crônica e contagiosa, acomete principalmente a pele e os nervos periféricos, incluindo as orelhas, nariz, braços, mãos, perna e pés, mas também pode atingir outros órgãos. A hanseníase tem cura; mas, se não for diagnosticada e tratada precocemente, pode causar deformidades físicas.

Santa Catarina, que em 2014 diagnosticou 150 casos novos de hanseníase, é um Estado considerado como de baixa endemicidade pelo Ministério da Saúde, apresentando taxa de detecção de 2,23 por 100 mil habitantes. Naquele ano, o percentual de cura dos novos casos foi de 89%.

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E 87,5% dos contatos domiciliares dessas pessoas foram examinados. Dos 150 novos casos notificados, 12,1% eram do grau 2 de incapacidade física – percentual considerado alto e que sugere diagnóstico tardio da doença e com sérias incapacidades físicas.

“No ano passado, as ações desenvolvidas para controlar a hanseníase no estado foram a busca ativa de portadores e dos contatos domiciliares dessas pessoas, tratamento oportuno e adequado, monitoramento, capacitação e a divulgação de informações sobre a doença à sociedade. Ressaltamos, também, a importância da intersetorialidade e a integração das ações da Vigilância Epidemiológica e da Atenção Básica”, afirma Nadmari Céli Grimes, técnica responsável pela Divisão de Doenças Crônicas Transmissíveis da Dive/SC, na qual está inserido o setor de hanseníase.

Sobre a hanseníase

A hanseníase é causada pelo Mycobacterium Leprae e é transmitida pelas vias aéreas superiores, por meio de contato direto e prolongado com o doente sem tratamento. A doença se desenvolve dependendo das condições do sistema imunológico do indivíduo ao qual foi transmitido o bacilo.

Entre os principais sintomas, que podem demorar de dois a sete anos para se manifestar, estão manchas na pele com alterações de cor e de sensibilidade (a pessoa pode se queimar ou cortar sem sentir dor), dormência, queda de pelos e o comprometimento de nervos periféricos, levando à perda da força dos músculos inervados por tais nervos.

O diagnóstico e o tratamento da hanseníase são gratuitos, oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento da hanseníase é feito por via oral, com a administração de um coquetel de antibióticos, cujas doses e tempo variam conforme a classificação da doença (Paucibacilar-PB ou Multibacilar-MB).

O paciente deve tomar uma dose mensal na Unidade de Saúde (dose supervisionada) e as demais serão autoadministradas (pelo paciente em sua moradia), adotando, ao mesmo tempo, cuidados com olhos, mãos e pés para prevenção de incapacidades. A pessoa que convive com o doente também dever ser examinada. A hanseníase é uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória.

Francine Ferreira – Letícia Wilson e Patrícia Pozzo


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