Seminário de Relatos de Experiências de Recuperação Ambiental de Rios no Brasil ocorre nesta sexta-feira, 27, a partir das 13h30, no auditório Alfredo Michels.
O debate a respeito da despoluição do Rio Mãe Luzia começou no fim de 2014, e de lá para cá, tem tomado corpo e agregado aliados. Para buscar mais apoio da comunidade em geral, ocorre nesta sexta-feira, 27, em Forquilhinha, o Seminário de Relatos de Experiências de Recuperação Ambiental de Rios no Brasil.
O encontro é promovido pelo Fórum Permanente de Restauração e Revitalização do Rio Mãe Luzia e começa a partir das 13h30min, no Auditório Alfredo Michels, no Espaço Cidadão.
O palestrante principal da tarde será o ex-coordenador de Recursos Hídricos de São Paulo, sociólogo Wálter Tesch. “O grande desafio é mobilizar toda a comunidade para participar desse processo de despoluição. Porque é importante frisar que isso não é só uma necessidade paisagística, e sim de abastecimento no futuro”, argumenta.
Baseado em realidades percebidas em grandes capitais, como a crise hídrica vivenciada em São Paulo, o sociólogo promete fazer o presentes refletirem. “As perguntas que pretendo deixar para análise são: se não chover mais, quanto tempo duraria o abastecimento atual? Que alternativas nós temos na região? As cidades tem que buscar cada vez mais a auto-suficiência”, completa Tesch.
A presidente da comissão do Rio Mãe Luzia, professora Miriam da Conceição Martins, ressalta que o objetivo é sensibilizar as pessoas, trazendo uma explanação sobre o cenário geral do país em relação à revitalização dos rios. “Água é vida. O corpo do ser humano é maioria água. E os rios estão mortos. Por isso temos que realizar ações para recuperá-los, começando pelo Mãe Luzia”, afirma.
O evento é desenvolvido pelo Fórum Rio Mãe Luzia, juntamente com a Unesc, as câmaras de vereadores de Nova Veneza, Siderópolis, Forquilhinha, Maracajá, Criciúma, Treviso, e os Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Urussanga e Araranguá.
A mobilização política em torno do assunto também tem sido cada vez maior. “As pessoas estão aderindo a campanha e trazendo um volume de ideias muito grande. O engajamento dos políticos está sendo cobrado, mas queremos que as pessoas de forma geral participem, porque se hoje houver um colapso na barragem do Rio São Bento, nós não temos alternativas. E conseguir a solução depende de uma caminhada em conjunto com toda a sociedade”, finaliza um dos primeiros idealizadores da campanha iniciada em 2014, vereador de Nova Veneza, Alberto Ranacoski.
O Rio Mãe Luzia nasce em Treviso, e passa então, por Siderópolis, Nova Veneza, Forquilhinha e Maracajá, até se juntar ao Itoupava e formar um dos maiores rios do sul catarinense, o Rio Araranguá.
Relato da história do Mãe Luzia
Na abertura do seminário será reproduzido um documentário sobre a campanha de despoluição do Rio Mãe Luzia. O vídeo, entitulado “Uma luta transparente: a campanha pelo Rio Mãe Luzia”, foi realizado pelo curso de Jornalismo da Faculdade SATC, e pode ser conferido aqui.