Atividade especial contou com a participação de pacientes do CER Unesc.
Fazer pessoas mais felizes por meio da moda. Essa foi a proposta da atividade realizada nesta semana pelo curso de Design de Moda Senai/Unesc. Acadêmicos e professores receberam pacientes atendidas pelo CER (Centro Especializado em Reabilitação) da Unesc para uma tarde de conversa sobre moda inclusiva e uma sessão de fotos. O que pode parecer uma atividade simples foi, para todos os envolvidos, a oportunidade de viver momentos inesquecíveis e conhecer lições de vida.
A paciente Samara Tavares Nichele Dutra, de 31 anos, foi uma das grandes estrelas da tarde. Com seu sorriso largo, ela não escondeu a empolgação ao poder participar do convite pelo curso. “Estava ansiosa para que esse dia chegasse e hoje posso dizer que estou realizada. Nunca tinha feito uma sessão de fotos e sempre foi uma vontade que tive”, comentou após ser maquiada e passar por momentos de modelo fotográfica, função que cumpriu com maestria e ótima desenvoltura.
No ambiente tomado pela alegria e pela descontração não era só Samara a iniciante. A acadêmica Francieli Rebelo, de 23 anos, também estava trabalhando com produção de moda de uma maneira nunca antes vivida. “Essa foi a primeira vez que vivi de perto essa ligação da moda com a reabilitação, dificuldades de mobilidade ou alguma deficiência. Para mim foi algo incrível ver a felicidade de todas se sentindo mais lindas e bem cuidadas”, destacou.
Conforme a aluna, o resultado positivo da ação está longe de ser sentido apenas por quem recebeu o tratamento especial e participou das fotos. “Foi tão feliz para nós como para elas que estavam conosco como convidadas. Sinto que estamos contribuindo para uma sociedade mais consciente, enaltecendo que o que mais importa e mostrando a beleza de cada uma. O nosso padrão tem que ser esse, mostrar o melhor de cada pessoa”, completou.
O objetivo do curso de Design de Moda, conforme a coordenadora Charlene Vicente Amâncio Nunes, foi também reiterar a reflexão sobre a moda inclusiva. “Esse já um assunto comum em nossas aulas e vai muito além do que qualquer tendência. Hoje nosso foco não é procurar seguir um padrão e, sim, mostrar caminhos para valorizar o que existe de melhor não só no corpo. Queremos que essas mulheres se olhem e vejam que são lindas”, pontuou.
Para a fonoaudióloga do CER, Ana Júlia Rosa, que acompanhou as pacientes até o espaço do Senai, a atividade superou todas as expectativas. “Sentimos a alegria delas vivendo esse momento diferente. Elas sentiram-se privilegiadas, sentiram-se mulheres”, acrescentou.
Além das sessões de fotos, as cinco pacientes participantes estiveram em uma roda de conversa com a para-atleta Rindalta Oliveira, da Judecri (Associação dos Deficientes Físicos de Criciúma), que também destacou a importância de todos lutarem por espaços mais acessíveis em locais como lojas e eventos.