Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro variou 0,21%, o menor resultado para o mês desde a criação do Plano Real.
A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou para 0,21% em janeiro, depois de registrar alta de 1,15% em dezembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o menor resultado para o mês desde o início do Plano Real, em julho de 1994. No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador registrou 4,19%, contra 4,31% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
A desaceleração da inflação anima os empresários, que projetam um cenário econômico promissor para o ano. “Estamos com os menores índices de juros da história e com inflação controlada, e isso nos dá o otimismo de que o país começará a crescer a índices cada vez mais significativos. O crescimento mais acentuado também levará a investimentos, fazendo a roda da economia girar e promovendo desenvolvimento”, analisa o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Moacir Dagostin.
“Na nossa última reunião mensal, em dezembro, já projetávamos uma queda no índice de inflação, mas a redução foi ainda maior do que esperávamos”, celebra o vice-presidente da Regional Sul da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Diomicio Vidal, referindo-se ao encontro dos vice-presidentes regionais, que ocorre mensalmente. “Esse percentual nos surpreendeu, mas mostra que estamos no caminho certo e confiantes de que as medidas do Governo Federal vão aumentar a oferta de empregos”, pontua o empresário.
“Estamos vivendo um momento de baixa inflação no país e é bom lembrar que a estabilidade de preços vem de longa data. Desde que o Brasil estabeleceu as metas inflacionárias, em 1999, essas metas foram batidas. Nos últimos dois anos, essa estabilidade de preços ficou abaixo da média”, ressalta Alcides Goularti Filho, professor do curso de Ciências Econômicas da Unesc.
Projeção
O economista explica que o crescimento econômico depende de outras variáveis, além da inflação sob controle. “Estamos há três anos com crescimento de 1%. Começamos sempre o ano bem, como em 2019, com a expectativa de terminar com crescimento de 2,5%, e terminamos com 1,1%, 1,2%. Mas é claro que uma inflação ‘civilizada’ é sempre um estímulo à economia. Espero que este ano se cumpra a expectativa de inflação baixa e também de crescimento econômico”, pondera.