Diretores da ACIVA receberam nova previsão para vinda do curso na última sexta-feira, 10, em reunião com representantes da UFSC.

“Entendemos que é muito mais válido construirmos um curso completo, do que atropelarmos o processo de implantação e iniciarmos o curso de maneira improvisada”, esta foi à justificativa apresentada pelo pró-reitor de graduação da UFSC, Felício Wessling Margotti, aos diretores da ACIVA, ao anunciar a nova previsão de início das aulas para a graduação de Medicina no campus Araranguá, que provavelmente ficará para 2018.

Segundo ele, não há viabilidade de as atividades iniciarem no primeiro semestre de 2017, como previsto anteriormente. A possibilidade é de que o início seja prorrogado para o segundo semestre de 2017 ou mais possivelmente, para daqui dois anos.

“Nosso principal impasse é com relação à infraestrutura. Em reunião realizada na última terça-feira, 7, entramos no consenso de que seria melhor adiar o início das aulas para que tivéssemos todos os requisitos devidamente cumpridos. Entendemos que a qualidade do curso deve ser nossa principal preocupação, mesmo que isso represente um atraso para o início das atividades”, destacou.

O anúncio da nova data foi feito em reunião entre representantes da UFSC, secretários Municipais de Saúde e diretores da Associação Empresarial de Araranguá e do Extremo Sul Catarinense. O presidente da entidade, Kleber Frigo, abriu o encontro questionando a implantação do curso de Medicina no campus Araranguá e falou da expectativa da ACIVA desde 2010 pela vinda do curso, uma bandeira pertinente, presente todas as reuniões plenárias da região.

Conforme a coordenadora da comissão, Isabela Back, a implantação do curso de Medicina no campus da UFSC de Araranguá é um caminho sem volta, ou seja, será efetivada. “É claro que gostaríamos que o processo estivesse andando mais rapidamente, mas temos evoluído bastante. Já temos a primeira professora do curso contratada, que já está à disposição do campus Araranguá e mais 11 concursados. Se tudo der certo, semana que vem já teremos sete professores selecionados – um dos melhores corpos docentes que já vi! Entre as pendências, temos a questão do Hospital Escola e, claro, a infraestrutura, que é uma bandeira prioritária do atual reitor da Universidade e tão logo deve ser solucionada”, afirmou.

Qualidade será diferencial

De acordo com o pró-reitor de pesquisa, professor Sérgio, o curso de Medicina será formulado de maneira completa, sem improvisos. “Do ponto de vista pedagógico está tudo muito bem encaminhado. Temos dois projetos em discussão para definir qual será aplicado aqui e qual vai para Curitibanos. Nossa primeira proposta é de que tenhamos cotas regionais, com aproximadamente 30% das vagas destinadas a estudantes que concluíram ensino médio na região. O objetivo desta medida é de que os médicos formados permaneçam na região, fomentando seu desenvolvimento e elevando a qualidade da saúde local. Esta definição do percentual das cotas seria outra pendência a ser analisada junto às autoridades locais e ao Ministério Público Federal”, relatou.

Boas notícias

Para o presidente da ACIVA, as notícias anunciadas foram extremamente positivas, uma vez que após o anúncio da rescisão do contrato de compra do prédio da Unisul pela Universidade Federal, as expectativas de implantação de Medicina haviam diminuído.  “Ficamos satisfeitos em saber que o curso virá, que será bem estruturado e inclusive já possui uma professora contratada. Também entendemos que é preferível esperar, desde que tenhamos uma estrutura adequada”, ressaltou.

O diretor financeiro da Associação, André Pietsch, e o ex-presidente, Giovani Elias, abriram as portas da entidade para colaborar no que for necessário. “A ACIVA está nesta luta desde o início e não mediremos esforços para concretizar a implantação do curso de Medicina no campus da UFSC Araranguá. Contem conosco!”, finalizaram.

Francine Ferreira – Maiara Possamai