O governador Raimundo Colombo participou na última sexta-feira, 11, em Florianópolis, de reunião da diretoria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), onde destacou os desafios do Governo do Estado diante do cenário de instabilidade econômica nacional.
Colombo defendeu uma aproximação ainda maior entre poder público e privado para enfrentamento da crise ao longo de 2016 e, de forma conjunta, rever e corrigir rumos para garantir a permanência de Santa Catarina como referência econômica.
“Não são mudanças de governo para fechar as contas. São mudanças estruturais para garantir a saúde financeira do Estado para os próximos anos. O momento de crise é uma oportunidade para rever e corrigir o que está errado, para fazer uma mudança verdadeira do modelo de Estado”, afirmou Colombo, citando o aprimoramento da gestão, o combate a burocracia e a diminuição do tamanho da máquina pública como medidas necessárias.
Colombo destacou também o bom ritmo de investimentos do Governo do Estado, o que, ao mesmo tempo, melhora a infraestrutura catarinense e dinamiza a economia com a geração de empregos. Apenas em 2015, o Governo do Estado investiu mais de R$ 3 bilhões pelo Pacto por Santa Catarina. O programa é o maior pacote de obras da história do Estado, com mais de R$ 10 bilhões em investimentos em diferentes frentes. São reformas e construções de escolas e hospitais, revitalização de mais de mil quilômetros de rodovias, planos de combate à seca e prevenção de enchentes.
Neste ano, também foram lançados pacotes de incentivos para segmentos estratégicos, como os portos, para o setor de inovação e para a produção de energia limpa. Entre medidas de ajustes administrativos, estão os projetos de fusão das agências reguladoras em Santa Catarina e de transformação das Secretarias de Desenvolvimento Regional (SDRs) em Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs), com redução do número de cargos comissionados e funções gratificadas.
O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, destacou a importância de parcerias entre a federação e o Governo do Estado, citando a recém criada agência para atração de investimentos inovadores e complementares à cadeia produtiva catarinense. Também parabenizou o governador Colombo por “propostas corajosas” para manutenção da saúde financeira do Estado, como as mudanças no sistema de previdência dos servidores. “São questões necessárias e que interessam a toda a sociedade, porque se o atual déficit da previdência continuar crescendo e se acumulando, quem pagará a conta são todos os contribuintes catarinenses”, acrescentou.
Côrte destacou também a postura do atual governo contra o aumento de impostos, lembrando que deste o início do primeiro mandato do governador Raimundo Colombo não houve aumentos das alíquotas de cobrança do ICMS em Santa Catarina.
Também presente no evento, o secretário de Estado da Fazenda, Antonio Gavazzoni, ressaltou a vocação empreendedora dos catarinenses, fator que contribui muito para o fortalecimento da economia em momentos de instabilidade como o que o Brasil enfrenta atualmente.
Sobre a gestão pública, Gavazzoni explicou que para lidar com o cenário de arrecadação crescendo menos do que a inflação, o Governo do Estado tem aprimorado cada vez mais o controle de caixa para manter o equilíbrio das contas públicas, o que sempre foi uma obsessão do atual governo. E mesmo com as atuais adversidades, lembrou que o Governo do Estado está com as contas em dia, inclusive com antecipação do 13º salário e do salário de dezembro para os servidores catarinenses.