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Criciúma tenta quebrar tabu de quase três anos

eduardo madeira

A maré virou no Criciúma. Depois do catastrófico tropeço diante do Avaí, um 3×0 para ser esquecido, o Tigre venceu duas partidas seguidas, aumentou a distância para a zona de rebaixamento e passou a enxergar o G-4 com mais proximidade, estando apenas dois pontos atrás do quarto colocado. Se quiser se aproximar ainda mais, o tricolor tentará quebrar um tabu que já perdura por quase três anos: vencer três jogos consecutivos.

O tabu é longo. A última vez que o Criciúma conseguiu este feito foi em 2013, quando ainda estava na Série A. Em um intervalo de seis dias – entre 10 e 16 de novembro – o Tigre bateu o Náutico, em Pernambuco, o Atlético-PR, em SC, e o Coritiba, no Paraná. Na ocasião, estávamos nas rodadas finais da temporada e o time então comandado por Argel Fucks ainda empatou e venceu mais uma na sequência, emendando cinco partidas invicto, que foram fundamentais na permanência na elite. Passaram-se mais de 1030 dias desde aquela trinca de triunfos e o Tigre vem tentando engatar a tal terceira vitória consecutiva sem grande sucesso.

Pode parecer um dado pouco relevante, mas, assim como em 2013, esta série de vitórias consecutivas pode ser o combustível para uma inesperada reação. Há três anos, o Tigre era tido como rebaixado e neste ano já era considerado carta fora do baralho – não tiro o meu da reta, também já dava como ano encerrado. As duas vitórias seguidas deram um ânimo no torcedor, que certamente virá junto se outros triunfos se tornarem rotina.

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Foto Fernando Ribeiro

Foto: Fernando Ribeiro

Observando com mais frieza a tabela do Criciúma, aliás, é possível vislumbrar um crescimento que possibilite olhar para a promoção com mais solidez. Dos próximos cinco jogos, é possível somar 12 pontos, mesmo tendo apenas dois compromissos em casa. A próxima partida contra o Sampaio Corrêa, por exemplo, é vitória obrigatória por ser no Heriberto Hülse e o time do Maranhão ser o lanterna. O outro duelo em casa é contra o Vila Nova, no dia 7 de outubro. Neste momento, as duas equipes estão empatadas em pontos e até lá muita água passará por baixo da ponte. Mas, é aquela história: na cartilha de quem quer subir está lá o tópico “vencer os confrontos diretos em casa”.

Fora de casa, o Tigre tem dois duelos contra equipes que estão na zona de rebaixamento: Tupi, no dia 4 de outubro, e Bragantino, ainda sem data definida. São duelos possíveis e que o Criciúma deve encarar com a maior responsabilidade possível.

O único jogo que é aberto é contra o Bahia, no próximo dia 30. O Tigre nunca venceu o “Tricolor de Aço” em Salvador. Ou seja, a derrota é um resultado natural e arrancar um ponto, se tratando de um confronto direto fora, seria de extrema valia.

Considerando que some 12 pontos, o Criciúma chegaria aos 49 pontos ao término da 31ª rodada. Olhando para a Série B do ano passado, os quatro times promovidos naquele momento tinham ao menos 51. Porém, o Santa Cruz, que subiu, era o 7º como 48. Vale lembrar que o Tigre tem seis jogos em casa até o fim da temporada. Vencendo todas, chega aos 55 pontos. O América subiu em 2015 com 65. Ou seja, precisaria vencer três e empatar uma fora. Será que dá?


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