Alerta é da enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica de Forquilhinha, Luciane Satorno Durante.
O município de Forquilhinha, assim como toda a Região Carbonífera e outras 12 regiões de Santa Catarina, está avaliada com Risco Potencial Gravíssimo no que diz respeito ao nível de classificação no mapa de risco da Covid-19 no Estado. Um aumento considerável, que já culmina com a lotação de unidades hospitalares, resultado do relaxamento da população para os cuidados de combate à pandemia.
Outubro havia sido um mês consideravelmente tranquilo em Forquilhinha, quando avaliado o número de casos da doença confirmados: foram apenas 60. No entanto, em apenas 24 dias de novembro, o município já registrou quase quatro vezes esse mesmo número, uma vez que já são 223 infectados confirmados.
Um aumento em franco crescimento, uma vez que os números registrados até então são resultado de aglomerações ocorridas desde o início do mês, com o feriado prolongado e as ações das campanhas eleitorais. Já o reflexo das celebrações ocorridas no dia de eleição – último 15 de novembro – ainda deverá ser sentido.
“Todos sabem dos cuidados e medidas que teriam que tomar, mas infelizmente houve um relaxamento das próprias pessoas, que acharam que estava tudo controlado e não se cuidaram mais. Realmente houve uma queda no mês de outubro, mas a população relaxou e acabamos nesse aumento absurdo de casos em novembro”, avalia a enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica de Forquilhinha, Luciane Satorno Durante.
Em relação ao argumento – muito utilizado em redes sociais – de que o vírus só voltou a aparecer depois das eleições, a enfermeira é enfática em afirmar que boletins diários com o número de casos tem sido divulgados pela Secretaria de Saúde de forma online, desde o início da pandemia.
“Estamos tendo aumento crescente sim, e ainda vai vir o resultado das eleições. Nos últimos dias tivemos reflexo do feriado prolongado no inicio do mês, então é provável que ainda tenhamos o reflexo do final de campanha. Infelizmente as pessoas relaxaram, perderam o medo e agora teremos as consequências”, completa Luciane.