A audiência realizada no Ministério Público do Trabalho nesta segunda-feira, 19, para tratar da situação da Cooperminas resultou em avanços, mas ainda assim, as outras mineradoras da região precisam colaborar para que a solução seja efetivada.
Envolvendo representantes da Cooperminas, de mineradoras da região, do Sindicato dos Mineiros de Criciúma, da empresa Engie e do MPT, o encontro teve partes positivas e negativas. “O Ministério Público do Trabalho e a Engie aceitaram retomar a compra de carvão da cooperativa, o que é algo muito bom. Mas como a empresa tem uma cota para compra, as outras mineradoras precisariam abrir mão de um pouquinho do tanto que vendem, de cada, para que a Cooperminas pudesse voltar para o contrato. E isso os mineradores não aceitaram fazer”, explica o presidente do Sindicato dos Mineiros de Criciúma, Djhonatan Elias, o Piriguete.
Um protesto foi realizado na tarde desta terça-feira, 20, em Criciúma. Em torno de 500 mineiros saíram da frente da sede do Sindicato dos Mineiros, por volta das 14h, passaram pela praça Nereu Ramos e seguiram pela avenida Centenário em direção ao Sindicato da Indústria de Extração Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc).
Atualmente, são em torno de 500 trabalhadores que estão há sete meses sem receber seus salários. “Com este protesto queremos sensibilizar as carboníferas para que elas cedam, para ajudar os trabalhadores que estão há meses sem receber nada. Se isso não acontecer, sem dúvidas um desastre está por vir”, completa Piriguete.