Ação foi aprovada em assembleia dos mineiros no fim de semana. Reserva fica em área ainda não explorada, de um consórcio com outras carboníferas da região.
Com as contas apertadas e dois meses de salário dos mineiros em atraso, a Cooperminas, de Forquilhinha, decidiu vender sua parte de uma reserva adquirida em um consórcio com mais mineradoras, em Maracajá. A decisão foi aprovada por unanimidade, por mais de 150 cooperados que estavam presentes em assembleia realizada no último sábado, 10, no pátio da empresa.
Conheça a situação
A Cooperminas tinha participação de, em média, 6% em um consórcio juntamente com outras carboníferas, de uma reserva de carvão em Maracajá, ainda não explorada. Para que o local pudesse ser minerado, seriam necessários mais investimentos em infraestrutura e contribuições financeiras.
Sem condições de arcar com tais despesas, a mineradora optou por vender sua parte às demais integrantes do consórcio. O valor do negócio gira em torno de R$9 milhões.
Mineiros entendem o problema
De acordo com o presidente interino do Sindicato dos Mineiros de Criciúma, Jhonatan Elias, atualmente são 247 cooperados, que estão cientes e entendem a situação de dificuldade financeira que a Cooperminas vem passando. “Mesmo com salários atrasados, os mineiros não querem paralisação. Preferem seguir trabalhando para manter a cooperativa de pé”, garante.
Elias ressalta que os problemas financeiros são os ocasionados, ainda, pela gestão anterior da Cooperminas.
Representantes da diretoria da Cooperminas foram procurados na realização desta matéria, mas não retornaram o contato.