Por conta do Dia Nacional do Cuidar de Idosos, celebrado em 20 de março, o Grupo de Trabalho Mão Amiga, integrante do Programa de Aceleração Social (PAS) da Cooperativa Pioneira de Eletrificação – COOPERA, traz à tona diversas histórias inspiradoras. Por meio do projeto “Cuidando do Cuidador”, da comunidade do Morro Estevão o grupo promove palestras e encontros com o objetivo de apoiar e enriquecer o cotidiano daqueles que dedicam suas vidas ao cuidado dos idosos.
A coordenadora do projeto Mão Amiga conta que o grupo teve início em 2019. “Em julho de 2019 , fizemos uma feira de Chás no mês de agosto. O projeto surgiu, pois, muitos dos cuidadores convivem com a depressão e necessitam de palavras de conforto e apoio. É essencial que, quando alguém está sobrecarregado com suas funções de cuidador, possa ouvir mensagens de encorajamento que venham de fora. Esse entendimento levou à criação do projeto Grupo Mão Amiga, que foi idealizado para auxiliar aqueles que estão em situação de vulnerabilidade”, completa.
“Após a proposta ser enviada à Coopera, a iniciativa foi bem recebida, e o projeto conseguiu ganhar vida. Todos nós, de alguma forma, enfrentamos momentos difíceis e sempre precisamos de um gesto de apoio. Ouvindo os outros, percebemos que nossos próprios problemas, muitas vezes, não são tão graves quanto pensamos. Este projeto realiza uma palestra mensal com temas variados, o que não só proporciona aprendizado, mas também estimula o engajamento e a paixão das pessoas pelo grupo. Essas interações criam um ambiente de acolhimento e fortalecimento, promovendo o bem-estar da comunidade”, destacou.
Arlete Aléssio Duminelli, que participou do grupo de trabalho destaca a importância do projeto. “Cuidei de quatro pessoas da minha família. A primeira foi a minha mãe, que passou por cirurgias e internações, e eu estive ao lado dela. Meu pai e minha sogra já faleceram. Cuidar do meu pai foi mais fácil, pois ele me ajudava na hora da troca de fraldas e durante o banho. Já com a minha sogra, a situação foi muito mais difícil, pois ela não tinha movimento no corpo”, reforça.
“Como eu não tinha experiência em trocar fraldas em pessoas nessa condição, tive dificuldades, especialmente pelo peso dela. Isso me deixou chateada, pois às vezes eu tinha medo de machucá-la, e isso foi realmente difícil para mim. Apesar dos desafios, eu aprendi muito enquanto cuidava deles. As palestras da “Mão Amiga” foram de grande ajuda, especialmente no que diz respeito ao processo emocional. Meu esposo também sofreu um acidente e fiquei responsável pelos seus cuidados, pois ele ficou acamado por cerca de um ano, com o uso de ferros na perna. A “Mão Amiga” me ajudou, pois eu não sabia que eles emprestavam cadeiras e muletas. Na época, fui indicada a pegar uma cadeira de banho e uma muleta, que foram muito úteis”, acrescenta.
“Cuidar de alguém é um ato nobre que exige dedicação, muitas vezes colocando as próprias necessidades em segundo plano. Como instituição, poder apoiar esses cuidadores nesse papel tão essencial é uma verdadeira gratificação”, afirmou a coordenadora do Integra, Josi Jacques.
Para o presidente da Coopera, Rogério Bráz Feller poder contemplar projetos como esse que acolhem e auxiliam a vida das pessoas é primordial. “A possibilidade de apoiar projetos que acolhem e transformam a vida das pessoas é essencial. Com seu comprometimento, o projeto Mão Amiga se destaca como um dos dez contemplados pelo Programa de Aceleração Social (PAS), reafirmando a importância de iniciativas que promovem o bem-estar da comunidade.”
Redação – Cris Freitas
