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Como a música brasileira vem abordando os jogos de apostas

a importância da música

Jogos de apostas estão enraizados na cultura de diversas regiões há milênios – vide o gamão, que tem cerca de 5.000 anos. Não causa surpresa, portanto, a constatação de que tais jogos, assim como outros elementos antigos, vêm servindo de inspiração para várias manifestações artísticas ao longo dos séculos.

Se fôssemos fazer uma lista extensa de obras cuja fonte inspiradora tenha sido o mundo dos jogos, acabaríamos por citar inúmeros exemplos não apenas em uma única vertente artística. Nas artes plásticas, por exemplo, podemos mencionar “Salon d’Or, Homburg”, de William Powell Frith, enquanto na literatura temos o romance O Jogador, do escritor russo Fiódor Dostoiévski. No cinema, por sua vez, temos obras diversas que vão nessa linha, e uma delas é 007 – Cassino Royale, a respeito do qual é possível ler acessando https://www.papodecinema.com.br/filmes/.

Entretanto, se por um momento nos restringirmos ao universo da música popular, não há como deixar de mencionar os Estados Unidos, país onde jogos como pôquer são citados em faixas de estilos como o rock (Elvis Presley, com “Viva Las Vegas”), o country (Kenny Rogers, com “The Gambler”) e o pop (Lady Gaga, com “Poker Face”).

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Essa tendência, no entanto, não se limita à terra do Tio Sam. O cancioneiro brasileiro também tem tradição nesse tipo de assunto, até porque o jogo faz parte do nosso cotidiano pelo menos desde fins do século XIX. Foi nessa época que o Barão de Drummond, como proprietário do antigo Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, criou o famoso jogo do bicho, que virou febre no Brasil inteiro.

Uma evidência disso impressa na cultura musical do país é a citação implícita a esse jogo na primeira música de um dos álbuns do cearense Ednardo, O romance do Pavão Mysteriozo, de 1974. Logo nos primeiros versos de “Carneiro”, podemos ouvi-lo cantar: “Amanhã se der o carneiro, o carneiro / Vou-me embora daqui pro Rio de Janeiro”.

Indo do jogo do bicho para a roleta, não haveria como não citar “Pelo telefone”. Lançado em 1917, trata-se do primeiro samba a ser gravado. De autoria de Donga e Mauro de Almeida, a letra mais famosa da canção (que foi gravada inclusive por Martinho da Vila) diz que “[…] na Carioca / Tem uma roleta / Para se jogar”.

Apesar de “Pelo telefone” ter sido lançada há mais de um século, tanto o samba quanto o jogo de roleta permanecem impressos no imaginário popular brasileiro. A título de ilustração, mesmo com todas as possibilidades de entretenimento oferecidas atualmente, o fascínio que a roleta continua exercendo pode ser constatado em plataformas como https://casino.betfair.com/pt-br/c/roulette-pt, que oferecem muitas opções diferentes dessa modalidade. Quanto ao samba, não é preciso dizer muito. Basta pensarmos na quantidade de artistas que continuam promovendo esse estilo que é mais do que musical, pois em torno dele se formaram maneiras de viver e de ser.

Tomando um exemplo bem mais recente da influência dos jogos no nosso dia a dia, em 2015 quem entrou na brincadeira foi a paulista Tulipa Ruiz – que, como lembra o portal http://www.maringa.com/, há mais de uma década é tida com uma das principais vozes da nova MPB. Eis alguns versos de “Reclame”, do álbum Dancê: “Resolvo o teu problema com baralho / Com pôquer, bingo”.

Outros temas mereceriam ser citados aqui, como “Dama de Espadas”, de Paulinho da Viola, e “Full Hand”, da banda Canastra. Por sinal, esta última faixa, embora seja a menos conhecida das que foram aqui citadas, talvez seja a que melhor nos ajude a entender o porquê da popularidade dos jogos de apostas no âmbito da música e da cultura em geral: “Full Hand, Full Hand / Amor e sorte, não se pode viver sem”.


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