O equipamento gelatiniza o amido presente no cereal e faz com que os sais minerais, vitaminas, proteínas e demais componentes presentes dentro da casca se fixem no grão.
Até chegar nas prateleiras dos supermercados, o arroz parboilizado passa por inúmeros processos dentro da indústria. A Kiarroz – marca mais antiga e tradicional da Fumacense Alimentos – utiliza o sistema de autoclave durante a etapa de beneficiamento, uma tecnologia que intensifica o valor nutricional do grão e gelatiniza o amido presente no cereal. Assim, consegue oferecer aos consumidores o alimento em sua forma original e sem quebras.
Após passar – em média – oito horas imerso na água à 70ºC, o cereal ainda na casca é colocado na autoclave, onde acontece a pressurização com vapor. “Ao passar por esse equipamento, todos os sais minerais, vitaminas, proteínas e demais componentes que se soltaram do cereal na parte do encharcamento são fixados a ele novamente”, explica o coordenador da Central Usina Termelétrica da Fumacense Alimentos, Lucas Tezza.
Valor nutricional
É por conta desse maquinário que o valor nutricional do grão aumenta e os grãos que apresentam quebras superficiais ou estão propícios a se desintegrar se unem novamente. “A autoclave é fundamental para que se tenha o arroz parboilizado que todos conhecem. É a partir desse tratamento hidrotérmico que o sabor fica intensificado”, afirma Tezza.
Tecnicamente falando, a denominação dessa versão do grão remete justamente à essa fase do processo industrial. O termo provém do inglês “parboiled” e, em uma adaptação para o português, quer dizer parcialmente tratado no vapor: exatamente o que acontece quando o cereal passa pela autoclave.
Inúmeros benefícios
E os benefícios só aumentam: ao optar pela autoclave ao invés da estufa, o grau de umidade do arroz é mantido. Além disso, conforme Tezza, se tem um efeito positivo de pasteurização, uma vez que elimina todos os microrganismos e inativa as enzimas. Tudo isso, sem que o grão fique com qualquer cheiro ou gosto de fumaça.